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Um laudo do Departamento Médico Legal do Rio Grande do Sul indica que o sindicalista morto após confronto como policiais militares na tarde de sexta-feira foi vítima de asfixia. Jair Antônio da Costa, de 31 anos, morreu em Sapiranga, depois ter sido detido e imobilizado por PMs que tentavam conter manifestantes do sindicato dos sapateiros que faziam protesto no km 28 da estrada que liga o município a Estância Velha (RS-239). Segundo o laudo, Jair sofreu asfixia mecânica, seguida de contusão hemorrágica na laringe e traumatismo cervical. O resultado da necropsia será encaminhado à Polícia Civil.

A confusão aconteceu quando os sindicalistas já se dispersavam. Cerca de dois mil sapateiros de Sapiranga, Rolante, Campo Bom, Novo Hamburgo e Igrejinha protestavam contra o fechamento de postos de trabalho na região. Jair Antônio da Costa, do sindicato dos sapateiros de Igrejinha, foi imobilizado por policiais e acabou desmaiando ao ser colocado dentro de um carro da PM. Segundo testemunhas, ele foi agredido, asfixiado com um cacetete e algemado. O sindicalista chegou ao Hospital Sapiranga com parada cardiorrespiratória e os médicos ainda tentaram reanimá-lo por mais de uma hora.

O subcomandante da Polícia Militar, Wilson Pinto de Oliveira, informou que foi aberto inquérito para apurar responsabilidades. Antes da conclusão da investigação, foram afastados cinco pessoas de suas funções: três responsáveis pelo policiamento de rua em Sapiranga e dois policiais rodoviários que levaram Jair no carro.

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