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O Sindicato dos Jornalistas do Distrito Federal e o Comitê de Imprensa do Senado apresentaram ontem à mesa diretora da Casa uma representação contra Roberto Requião por quebra de decoro parlamentar. O caso foi encaminhado ao presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), que decidirá com os demais diretores se o processo seguirá para o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar. A Associação Nacional de Jornais (ANJ) e a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) também divulgaram notas formais condenando o comportamento do senador.

Embasada em seis páginas, a representação relata que o que mais "assusta" são as ameaças de agressão física ao repórter. "É certo ainda que o senador ainda promoveu a agressão moral do trabalhador ao ter postado em seu sítio na internet maldizeres em desfavor do profissional e o nomeou de ‘engraçadinho’", diz o texto. Tam­­bém pede cópias das filmagens feitas pelas câmeras instaladas no plenário e nos corredores do Senado. Segundo o regimento interno da Casa, a atitude de Requião é passível de quatro penas disciplinares: advertência, censura, perda temporária do exercício do mandato e perda do mandato.

A Abert informou que considera "gravíssima" a reação do paranaense à abordagem do repórter da rádio Bandeirantes . "É inaceitável que ocupantes de mandatos públicos pretendam impedir o livre exercício da atividade jornalística. Ao fazê-lo, atentam contra um direito fundamental da sociedade ao acesso da informação", dizia o comunicado da entidade.

Já a ANJ descreveu o caso como "lamentável". "Condenável em qualquer cidadão, o impedimento do livro exercício da atividade jornalística foi agravado neste caso pelo fato de ter partido de um homem público, em total desacordo com as mais básicas normas de civilidade e da convivência democrática", informou a nota da associação.

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