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O comando da Aeronáutica informou que a situação começou a melhorar nos aeroportos do país e que os atrasos ainda registrados nos vôos, neste sábado, são reflexo dos problemas ocorridos durante a semana. De acordo com balanços da Infraero, caiu de 30% para 28% o número de atrasos na manhã deste sábado.

Dos 686 vôos programados até 11h30m, 196 (28,2%) atrasaram mais de uma hora e 33 foram cancelados. Um dos maiores atrasos foi de um vôo da TAM que partiria meia-noite de Brasília para o Maranhão. Os passageiros tiveram que esperar mais de 11 horas para embarcar. Apesar de ainda haver filas nos nos saguões, o clima é mais tranqüilo em comparação com a sexta-feira, quando muitos passageiros enfrentaram longas filas e muitas horas de espera para conseguir embarcar.

De acordo com a Aeronáutica, os controladores estão operando agora normalmente. Na sexta-feira, o comando anunciou o afastamento de 14 sargentos que atuam no controle do tráfego aéreo no Cindacta 1, em Brasília. O ministro da Defesa, Waldir Pires, culpou os controladores pela crise aérea no país, durante esta semana, e disse que o Brasil não seria refém de nenhuma categoria .

Um plano de emergência que prevê o remanejamento de controladores e o reforço das equipes foi montado. Divulgado na sexta-feira, ele já foi alvo de críticas. O governador de São Paulo, José Serra, criticou que somente na setxa medidas mais concretas para solucionar a crise aérea tenham sido anunciadas . E disse ainda que o país está parado. Mas para a Aeronáutica, a expectativa é de que os atrasos e cancelamentos sejam resolvidos durante o fim de semana, para que, na segunda-feira, quando deve aumentar o fluxo de passageiros nos aeroportos, não haja mais tantos transtornos.

Filas em Cumbica e Congonhas

Na manhã deste sábado, Cumbica, em Guarulhos, região Metropolitana de São Paulo, dos 90 vôos programados, 19 tiveram atrasos de mais de uma hora e quatro foram cancelados. No início da manhã, nove vôos estavam com atrasos de mais de uma hora. Por volta das 11h, nove partidas e ainda 11 chegadas continuavam atrasadas.

Segundo os funcionários de Cumbica, a tendência é de que as filas diminuam, já que o maior movimento no aeroporto costuma ser registrado nas primeiras horas do sábado. Mesmo assim, os vôos para o Sul estavam com espaçamento de 15 minutos, quando o normal costuma ser de um a três minutos. Em Congonhas, um dos mais movimentados do país, havia filas no check-in e o intervalo era de 20 minutos para as decolagens. Das 66 partidas previstas entre 6h e 10h, apenas seis apresentavam atrasos superiores a 45 minutos.

No Aeroporto Tom Jobim, no Rio de Janeiro, o movimento era tranqüilo e havia o registro de 10 vôos atrasados no início da manhã. Em Brasília, o Aeroporto Juscelino Kubitschek registrava 10 vôos em atraso, nas primeiras horas do dia. Às 11h, com um movimento menor do que o registrado nos últimos dias, os passageiros ainda enfrentavam filas e esperavam até por uma hora e meia, em alguns casos, para fazer o check-in nos balcões das companhias aéreas. Segundo informações da Infraero, o espaçamento entre pousos e decolagens já estava bem próximo do normal, de cinco em cinco minutos, e os problemas que estavam ocorrendo eram reflexo ainda dos atrasos ocorridos nos dias anteriores.

Em Fortaleza, doze de 19 vôos programados (63,1%) saíram com atrasos de mais de uma hora. No Aeroporto Tancredo Neves, em Confins, Belo Horizonte, três vôos estavam atrasados no desembarque, de acordo com a Infraero. O Aeroporto Gilberto Freire, em Recife, tinha nove vôos com atraso e um havia sido cancelado. Algumas partidas chegavam a atrasar duas horas e meia.

A situação nos aeroportos do país se tornou mais dramática na sexta-feira. Vôos com rota pelo Nordeste, em Brasília, foram cancelados. O aeroporto de Cumbica paralisou os vôos para Estados Unidos, Europa e para as regiões Nordeste e Centro-Oeste. Somente à noite as rotas começaram a ser retomadas. De acordo com informações da Infraero, dos 1.784 vôos programados em todo o país, da meia-noite às 21h30m da sexta-feira, 625 (35%) registraram atrasos superiores a uma hora e 142 (7,9%) foram cancelados.

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