Sobrou para o Lula

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O primeiro evento do PMDB em Minas Gerais com a presença do empresário Josué Gomes da Silva, filho do ex-vice-presidente José Alencar, foi marcado por uma saia justa provocada pelo senador Roberto Requião (PMDB-PR). Em discurso na sede do partido, em Belo Horizonte, na manhã de ontem, Requião atacou duramente o ex-presidente Lula e a política econômica do governo federal. "Lula fez uma aliança com o poder, negociando com o capital vadio, improdutivo, que vive da usura. Estamos sustentando o Brasil com a economia primária", disse. "A aliança que se tem que fazer é com o capital produtivo. Nosso governo, por uma questão eleitoral, não se atenta ao que está acontecendo. Esta submissão [do PMDB nacional] a uma aliança não está servindo aos interesses do país."

Kassab pré-candidato

O ex-prefeito de São Paulo e presidente do PSD, Gilberto Kassab (foto), comentou ontem sobre a possibilidade de ser o candidato do partido ao governo de São Paulo em 2014. "Caminha para isso. Está caminhando para isso", disse. Segundo ele, o diretório estadual começará no próximo sábado os trabalhos para a definição do candidato que concorrerá ao governo paulista.

Legislação ambiental

A Assembleia Legislativa do Paraná criou ontem uma comissão para elaborar uma nova legislação florestal no estado. A intenção é adequar as leis estaduais ao Código Florestal brasileiro, aprovado no ano passado pelo Congresso. Inicialmente, o grupo, que contará com a participação de entidades ligadas ao tema, terá quatro meses para concluir os trabalhos.

Mensalão mineiro

Um dos réus do mensalão mineiro, o senador Clésio Andrade (PMDB-MG) reafirmou sua candidatura ao governo de Minas Gerais no ano que vem. O anúncio foi feito durante encontro na sede do PMDB mineiro, ontem, em Belo Horizonte. O PT já lançou o ministro Fernando Pimentel à sucessão do Palácio da Liberdade em 2014. O sonho dos petistas é coligar com o PMDB. "Nossa candidatura está colocada, esse quadro é irreversível", declarou Clésio.

Novo Código

A votação do projeto de lei do novo Código de Processo Civil deve ser votado hoje pelo plenário da Câmara dos Deputados. O novo Código deve ser votado por blocos para facilitar o debate dos pontos nos quais há divergências e a apresentação de destaques ao texto. Na última quarta-feira, os deputados tiveram acesso ao novo texto do relator, deputado Paulo Teixeira (PT-SP), mas não houve tempo para estudar as mudanças antes da votação.

Inocente

Prestes a completar 70 anos, Josias Nunes de Oliveira, o motorista do ônibus envolvido no acidente que matou o presidente Juscelino Kubitschek, em agosto de 1976, disse ontem que espera por um pedido de desculpas formal por parte do Estado brasileiro. Em depoimento na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, Oliveira disse que lhe ofereceram "uma mala cheia de dinheiro" para que ele dissesse que o ônibus que dirigia na Via Dutra bateu no Opala de JK. "Eu vi o acidente e parei para socorrer. Eu não bati nem ele [o Opala] me bateu. De lá para cá a minha vida acabou", disse Oliveira, que depois do caso foi aposentado por invalidez.

Pinga-fogo

"Ninguém entende, mas a verdade é que estamos tentando nos salvar. O nosso cenário é complicadíssimo."

Nereu Moura, deputado estadual do PMDB, comentando as articulações eleitorais dos parlamentares da legenda para não serem atingidos pelas divergências entre Roberto Requião e Orlando Pessuti, ambos pré-candidatos ao governo do Paraná.

Colaborou: Euclides Lucas Garcia.