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Políticos próximos a Geraldo Alckmin trabalham para convencê-lo a deixar o Palácio dos Bandeirantes bem antes da data-limite para candidatos, 1.º de abril. A idéia é criar uma situação de fato e assim emparedar José Serra, oponente do governador na disputa pela vaga tucana na sucessão presidencial. Sintonia fina – Para alguns defensores da desincompatibilização precoce, o início de março está de bom tamanho. Outros acham que até lá o quadro já poderá ter se definido a favor de Serra e que, para obter o efeito desejado, Alckmin deveria deixar o cargo no máximo no início de fevereiro. Mensagens distintas – Um parlamentar tucano resume a diferença: se sair em breve, Alckmin tornará mais onerosa para Serra a eventual renúncia à prefeitura; se sair em março, estará implicitamente anunciando a disposição de bater chapa com o ex-ministro em convenção. Dormindo no caixa – Fechado o balanço financeiro do governo federal, restaram R$ 3 bi que os ministérios não conseguiram gastar em 2005. Nada apenas empenhado: eram recursos liberados, que serviram para engordar o superávit tão amaldiçoado pelos ministros. Pravda – Para festejar os três anos do governo Lula, a Secom preparou um jornal com 36 páginas e tiragem de 1,2 milhão de exemplares, recheado exclusivamente com boas notícias, para ser distribuído em repartições públicas e sindicatos Brasil afora. Novo veio – A oposição já fala em esticar até março a CPI dos Correios para investigar o patrocínio de R$ 9 milhões da Petrobrás ao instituto petista Florestan Fernandes. Força do capitão – Saiu na terça-feira a nomeação de Daisy Aparecida Barretta, que foi chefe-de-gabinete de José Dirceu e com ele saiu da Casa Civil em junho passado, para trabalhar no gabinete de Lula. Vida fácil – Georges Cavalcanti, do Zoológico de Brasília, define o carcará, novo símbolo da Abin: "É ave preguiçosa. Prefere comer restos de animais mortos a caçar".

Cofrinho – O PT vai faturar R$ 305 mil com a convocação extraordinária do Congresso, resultado do recolhimento de 20% do valor recebido por 72 deputados e 10 senadores do partido que não rejeitaram a remuneração. É pouco para quem deve pelo menos R$ 50 mi, mas ajuda. Doce de criança – Nem mesmo creches escaparam do apetite da tesouraria petista. O deputado Vicentinho (SP) planejava doar R$ 9.300 para duas instituições, mas o partido mordeu exatos R$ 1.862. Com verba – Até o MST se deu bem na convocação. Ivan Valente (PSol-SP) destinará sua remuneração extra de R$ 26 mil à entidade liderada por João Pedro Stédile. Chamada oral – Às turras com o Conselho de Ética, Aldo Rebelo (PC do B-SP) convocou líderes da Câmara para almoço na segunda. Quer definir o final de março como prazo-limite para as cassações. Causas impossíveis – Testemunha de defesa do mensaleiro Pedro Corrêa (PP-PE), o advogado Paulo Goyaz parou o Campeonato Brasileiro de 2000 ao peitar os clubes grandes em favor do Gama-DF. Outro lado – O líder do governo paulista na Assembléia, Edson Aparecido (PSDB), diz que o estado foi contra a isenção às empresas geradoras de energia no projeto de cobrança do uso da água. A medida teve o apoio de parlamentares da base de Alckmin, mas acabou vetada pelo tucano.

Tiroteio

Da senadora Serys Slhessarenko (PT-MT) sobre os parlamentares que doaram a remuneração da convocação extraordinária a entidades beneficentes:

– É política clientelista que se assemelha à compra de votos. Melhor devolver o dinheiro.

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