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Na tarde deste domingo, a chuva deu uma trégua à capital. Mas a cidade ainda enfrenta as conseqüências das tempestades dos últimos dias. Pela manhã, quinze barracos desabaram na favela da Rocinha, no Jabaquara, zona sul de São Paulo. No Jardim São Carlos, também na zona sul, duas casas caíram. Os barracos foram levados pelas águas do córrego das Águas Espraiadas. Outros vinte correm o risco de desmoronar.

- Se as chuvas continuarem, mais 15 barracos serão desocupados - disse o prefeito Gilberto Kassab, que esteve na região nesta tarde, a líderes da comunidade.

Ao todo, 60 famílias estão desabrigadas na favela da Rocinha e já foram encaminhadas para abrigos mantidos pela prefeitura. Mas a Defesa Civil estima que há pelo menos 170 famílias sob constante risco na região. Os barracos ocupam uma antiga área aterrada junto ao córrego.

- Eu cansei de avisar a Prefeitura sobre a proliferação de barracos na região e sofro com a enchente na minha casa há mais de dez anos - queixou-se ao prefeito a moradora vizinha à favela, Rosemeire Torres.

Segundo o prefeito, "a população deve procurar os órgãos públicos para denunciar ocupações ilegais". E emendou:

- O problema aqui no Jabaquara teve início nas gestões anteriores, que não deram a atenção merecida ao caso, e agora vamos trabalhar para fazer a remoção das famílias para áreas fora de risco - disse Kassab.

As duas casas que desabaram nesta manhã ficam na Rua José Santana Teixeira, no Jardim São Carlos. A escavação do terreno e a chuva dos últimos dias condenou os imóveis. De acordo com a Defesa Civil, ninguém ficou ferido.

Pela manhã, a capital ainda tinha dois pontos de alagamento, na Avenida Vital Brasil e na Avenida Miguel Estéfano. Nenhuma área da cidade, no entanto, está em estado de atenção. O céu segue encoberto e pode ocorrer chuva a qualquer momento, afirma o Centro de Gerenciamento de Emergências.

Congonhas fecha novamente

A pista principal do Aeroporto de Congonhas ficou fechada por cerca de uma hora e meia na manhã deste domingo. Ela foi interditada para vôos e decolagens às 7h12m, quando o nível de água acumulada na pista chegou a três milímetros. Como a pista auxiliar está em obras, nenhum avião pôde pousar ou decolar até 8h49m. De acordo com a Infraero, dos 68 vôos programados para esta manhã, quatro foram cancelados e 25 apresentam atrasos superiores a 45 minutos.

No meio da manhã, novos problemas aumentaram os atrasos. As decolagens para as regiões Norte e Nordeste do Brasil e para Brasília ficaram suspensas entre 10h30m e 11h15m deste domingo. Segundo o Blog do Noblat, pouco depois das 14h havia 17 aviões aguardando ordem para decolar em Brasília. Duas aeronaves da FAB, porém, tiveram autorização para decolar na frente.

Segundo a Aeronáutica, houve um problema com o software que recebe os pedidos de partidas da aeronaves. A pane durou sete minutos, mas provocou a suspensão das decolagens. Quando foram liberados, os vôos só podiam partir com intervalo mínimo de 15 minutos.

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