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R$ 335 milhões é quanto o governo de São Paulo pretende economizar nos próximos dois anos com cortes no custeio. Venda de helicóptero e de carros ajudará a fechar a conta.

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), anunciou ontem o corte de R$ 335 milhões em gastos de custeio – despesas com pessoal, água, telefonia, aluguel, diárias – entre 2013 e 2014. As medidas foram anunciadas como forma de compensar a perda de receita causada pela revogação do aumento das tarifas de metrô e trem – de R$ 3,20 para R$3 – e são o primeiro anúncio de cortes de despesas entre os estados desde que começou a onda de manifestações em todo o país. A medida levanta a discussão sobre a origem do dinheiro que será usado para bancar as diversas reivindicações que as ruas vêm impondo aos políticos. Esse parece ser um dos principais desafios dos chefes do Executivo de todo o país daqui por diante.

No caso de São Paulo, a previsão é fazer uma economia de R$ 129,5 milhões neste ano e R$ 226 milhões no ano que vem sem que isso prejudique o nível de investimento estadual. Em Curitiba, para compensar as despesas geradas pela redução na tarifa de ônibus, a prefeitura anunciou cortes nos gastos com publicidade e aumento na fiscalização do recolhimento de impostos municipais. Recursos da Câmara de Curitiba também entrarão na conta. O Legislativo municipal irá "repassar" R$ 10 milhões à prefeitura. O dinheiro é referente à economia que a Câmara pretende fazer até o fim deste ano e ajudará a compensar os R$ 30 milhões que serão desembolsados até fevereiro de 2014 devido a redução de 5,3% na passagem de ônibus.

Em São Paulo, o corte das despesas vai envolver uma mudança na estrutura administrativa estadual. A Secretaria de Desenvolvimento Metropolitano será transformada em um órgão da Casa Civil e três fundações serão fundidas em um só órgão. Uma estatal que atua na área de turismo e uma autarquia que atuava na área de artesanato e era usada para abrigar a ex-vereadora Soninha Francine (PPS) serão extintas.O governo de São Paulo confirmou que haverá demissões com a reforma administrativa, mas não citou números.

Além das mudanças na estrutura administrativa, Alckmin ainda anunciou que será vendido o helicóptero usado pelo Palácio dos Bandeirantes e que 1.044 veículos alugados ou próprios serão cortados da frota. Ainda haverá redução nas despesas com diárias, água, luz e telefonia.

Indagado sobre se as medidas anunciadas hoje só ocorreram por conta dos protestos para a redução das tarifas, Alckmin afirmou que o enxugamento da máquina é feito desde o governo Mário Covas e que as contas foram reequilibradas sem tirar a capacidade de investimento. "A população deseja tarifas menores e serviço público melhor. A redução da tarifa já foi importante, agora é melhorar o transporte público."

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