Um inquérito aberto pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a pedido do Ministério Público Federal (MPF) investiga se o deputado federal José Otávio Germano (PP) teria ajudado a governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius (PSDB), a obter recursos ilegais durante e depois da campanha eleitoral de 2006 em troca do direito de nomear o diretor do Detran no início de 2007.
O acordo permitiria a manutenção do esquema que desviou R$ 44 milhões da autarquia entre 2003 e o final de 2007, quando foi descoberto pela Polícia Federal. A informação foi divulgada pela revista "IstoÉ" deste final de semana com base em peças do inquérito às quais teve acesso.
Germano e Yeda negam participação em qualquer esquema fraudulento. Nas vezes em que foi questionado sobre a nomeação de diretores do Detran, Germano afirmou que a indicação foi do partido e não dele. Seu advogado, José Antônio Paganella Boschi, qualificou a matéria como "inverídica e irresponsável" e anunciou que vai processar a revista.
Yeda chegou a ser acusada pelo MPF/RS de participação no esquema Detran, mas foi excluída da ação de improbidade administrativa que tramita na Justiça Federal de Santa Maria por decisão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região tomada no dia 14 de outubro.
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