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O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Carlos Ayres Britto, ignorou o pedido feito por 20 advogados que, pouco depois da abertura da décima segunda sessão de julgamento do mensalão, questionaram a forma fatiada de apreciação do caso. Britto, que recebera o pedido das mãos do ex-ministro da Justiça José Carlos Dias, advogado da ex-dirigente do Banco Rural na ação Kátia Rabello, passou a palavra para o relator do processo, Joaquim Barbosa, sem fazer qualquer referência ao pedido.

Outra dúvida sobre a retomada do julgamento também foi resolvida no início da sessão. Sem mencionar a forma que adotou para apreciar o processo, Barbosa começou a apresentar seu voto sobre os outros dois pontos do item "Desvio de Recursos Públicos". Na última quinta-feira (16), ele votou pela condenação do ex-presidente da Câmara dos Deputados João Paulo Cunha (PT-SP) por, entre outras acusações, participar de desvio de recursos do contrato de publicidade da Casa para a empresa de publicidade de Marcos Valério.

A dúvida sobre quem iria votar era tamanha que a assessoria de Ricardo Lewandowski, revisor do processo, esteve no final de semana no Supremo ajustando o voto do ministro. Lewandowski achava que iria votar o caso de João Paulo logo no início do julgamento. Contudo, Barbosa agora vota a parte do "Desvio de Recursos Públicos" referente ao contrato de publicidade da DNA Propaganda, empresa de Marcos Valério, com o Banco do Brasil.

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