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Para tentar concluir o julgamento do mensalão na próxima semana, o Supremo Tribunal Federal marcou uma sessão extra para analisar o caso na próxima terça-feira (23). Com isso, serão realizadas quatro reuniões na semana que vem para tratar do processo.

Os ministros começaram a discussão do último capítulo da denúncia que trata de formação de quadrilha e envolve o ex-ministro José Dirceu e outros 12 réus dos núcleos políticos, publicitário e financeiro.

Pelo calendário rascunhado, o caso todo, inclusive com a definição das penas, terminaria na sessão do dia 25 de outubro.Além do cansaço -o julgamento está perto de completar três meses-, a pressa tem outro motivo: a viagem que o relator marcou para a Alemanha entre 29 de outubro e 3 de novembro.

Com dores crônicas no quadril, Joaquim Barbosa será submetido a um tratamento recomendado por seus médicos. Se não conseguirem acelerar o julgamento, os ministros terão de interrompê-lo durante sua ausência.

A viagem para o tratamento foi lembrada no plenário pelo ministro Marco Aurélio Mello. Barbosa explicou que já tinha adiado a viagem outras duas vezes. "Ao perceber que seria inviável, que deixaria o processo na metade, eu adiei, mas agora há essa possibilidade de encerrar o processo na próxima semana".

Revisor do caso, Ricardo Lewandowski disse que não iria se manifestar e lembrou que não foi consultado sobre o calendário no início do julgamento. O ministro, no entanto, aproveitou para alfinetar Barbosa, apontando que para a sessão extra do mensalão, seria cancelada a reunião da turma, que tem pedidos de habeas corpus para analisar.

O relator disse que "muita coisa já está parada em função dos três meses de julgamento do mensalão". Lewandowski reagiu: "Um dia para um preso injustamente é muito".

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