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O Supremo Tribunal Federal (STF) recebeu ontem oito ações penais sobre a Operação Lava Jato da Polícia Federal, que investiga um suposto esquema de lavagem de dinheiro que teria movimentado R$ 10 bilhões, com ramificações em partidos como PT, PMDB e PP.

Os processos foram repassados pela Justiça do Paraná a pedido do ministro Teori Zavascki porque há indícios de envolvimentos de congressistas. O ministro deve enviar as ações para manifestação do procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Não há prazo para que isso ocorra.

Após a posição de Janot, Zavascki vai avaliar se as ações continuam no Supremo ou se voltam para a Justiça do Paraná. A tendência é que o STF analise apenas a situação dos parlamentares, que têm foro privilegiado.

Zavascki determinou no início da semana a suspensão de todas as ações e inquéritos relativos à operação da PF por por considerar que o juiz federal Sérgio Moro havia invadido a competência do Supremo ao manter a investigação na ustiça comum após aparecerem nas interceptações deputados federais como André Vargas (ex-PT), Luiz Argôlo (SDD-BA) e Cândido Vaccarrezza (PT-SP).

CPI poderá ouvir Collor, diz deputado

Chico Marés

O deputado federal Fer­­nando Francischini (SDD-PR) deve pedir a convocação do senador Fernando Collor (PTB-AL) na CPI da Petrobras. O senador recebeu pagamentos, cujas finalidades ainda são desconhecidas, do doleiro Alberto Youssef. Francischini diz que deve aguardar manifestação de Collor; mas, caso isso não ocorra, ingressará com o pedido. "É um absurdo, está todo mundo se calando no Congresso. Um doleiro, citado na CPI do Banestado, depositou dinheiro para um senador. Se ele não vier a público explicar o que é esse depósito, ele tem que ser ouvido na CPI", diz.

Comprovantes

Na quinta-feira, foi divulgada a informação de que a Polícia Federal (PF) encontrou comprovantes de oito depósitos bancários de Youssef para Collor, no escritório do doleiro, que somam R$ 50 mil. Os pagamentos foram efetuados entre 2 e 5 de maio de 2013. A informação foi citada em ofício mandado pelo juiz Sérgio Moro, da 13.ª Vara Federal de Curitiba, para o ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Alvo da Operação Lava Jato, Youssef está preso desde março na sede da PF no Paraná, e é investigado por lavagem de dinheiro, corrupção, evasão de divisas e outros crimes.

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