O presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Francisco Falcão, adiou a decisão sobre pedido de habeas corpus dos executivos da Andrade Gutierrez e da Odebrecht ao solicitar informações ao juiz federal Sergio Moro.
No Brasil
A Suíça pediu autorização para realizar diligências no Brasil no âmbito da investigação que conduz sobre corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo a Odebrecht. O Ministério Público de Genebra quer ouvir extenso rol de investigados da Lava Jato, inclusive cinco ex-diretores da Petrobras, Paulo Roberto Costa e Pedro Barusco.
Falcão deu cinco dias para que as informações sejam prestadas. Depois, vai encaminhar o pedido de habeas corpus ao Ministério Público Federal para elaboração de parecer e à Quinta Turma do STJ, que deve julgá-lo. Com a decisão do presidente do STJ, na prática, os executivos permanecerão presos.
São nove presos, incluindo os presidentes da Andrade Gutierrez, Otávio Azevedo, e da Odebrecht, Marcelo Odebrecht.
US$ 17,6 mi
Investigação feita pelo Ministério Público da Suíça aponta que subsidiárias da Odebrecht no exterior estão na origem de pagamentos que somaram US$ 17,6 milhões (R$ 59 milhões) a ex-dirigentes da Petrobras em contas secretas na Europa.
Como Moro decretou uma nova prisão preventiva nesta sexta-feira (24) com base em novas provas obtidas na investigação, a tendência é que este pedido de habeas corpus perca o objeto e não seja capaz de provocar a soltura dos executivos. Com isso, eles terão de entrar com novo pedido.
Transferência
Moro determinou ainda nesta sexta a transferência dos executivos da Andrade Gutierrez e da Odebrecht da carceragem da Polícia Federal em Curitiba para um presídio comum, o Complexo Médico Penal, em Pinhais, na região metropolitana de Curitiba.
O presídio já tem uma ala específica que tem recebido os presos da Lava Jato, separados dos presos comuns. A decisão de Moro foi em resposta a um pedido da PF.
A transferência deve ocorrer neste sábado (25). Todos eles estão presos preventivamente desde 19 de junho, sob suspeita de envolvimento com o esquema de corrupção na Petrobras.
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