O líder do PMDB no Senado, Ney Suassuana (PB), deve indicar nesta quarta-feira o relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Sanguessugas. Suassuna teve dois assessores presos durante a Operação Sanguessuga, da Polícia Federal, investigação que deu origem à CPI. Suassuna está também na lista de parlamentares com supostas ligações com a organização acusada de vender ambulâncias superfaturadas.
O nome de Suassuna foi citado pela ex-assessora do Ministério da Saúde Maria da Penha Lino, apontada pela PF como uma das peças-chaves da máfia dos sanguessugas.
- Ney Suassuna vai indicar alguém que pode ser bastante gentil com ele - criticou o deputado Fernando Gabeira (PV-RJ), um dos autores do pedido de criação da CPI.
No fim da tarde, Suassuna usou suas prerrogativas de líder e indicou os colegas Amir Lando (RO), Valdir Raupp(RO), Wellington Salgado (MG) e Gilvan Borges (AP) para compor a CPI em nome do PMDB. Um dos quatro deve ser indicado relator.
Como tem a maior bancada no Senado, cabe ao PMDB assumir a relatoria, o cargo mais importante da CPI. Para evitar maiores desgastes, os pemedebistas teriam acertado que o nome do relator será anunciado formalmente nesta quarta pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).
- Se o Ney Suassuna fizer o anúncio não ficaria de bom tom - disse um assessor do partido.
O líder do PT na Câmara, Henrique Fontana (RS), deverá indicar nesta quarta o presidente da CPI. Um dos nomes mais cotados para ocupar a vaga é o deputado Antônio Carlos Biscaia (RJ).
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