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O Ministério Público da Suíça identificou contas nos bancos de Genebra e Zurique de pessoas acusadas na Operação Satiagraha e aceitou cooperar com o Brasil. Ontem, os suíços confirmaram que bloquearam contas secretas nos bancos do país à pedido da Justiça brasileira.

Como resultado da cooperação entre os dois países, o Brasil enviou uma carta rogatória à Berna pedindo o congelamento de contas, o que foi aceito. "Executamos o pedido das autoridades brasileiras e bloqueamos as contas relacionadas na carta enviada pelo Brasil", afirmou Walburga Bur, porta-voz do Ministério Público da Suíça.

Quinta-feira, o Ministério da Justiça no Brasil anunciou o bloqueio de mais de US$ 2 bilhões em contas bancárias mantidas no exterior por pessoas envolvidas na Operação Satiagraha.

O governo brasileiro evitou indicar em quais países teriam feito o bloqueio e apenas indicou que cerca de U$ 500 milhões estavam nos Estados Unidos. Para o Ministério da Justiça, foi o "maior bloqueio de recursos suspeitos de ilícitos já feito pelo país".

No Brasil, o Ministério da Justiça também evitou dar os nomes das pessoas que tiveram suas contas bloqueadas, para preservar as investigações da Polícia Federal. A Justiça suíça, à pedido do Brasil, preferiu não dar os nomes das pessoas que tiveram suas contas bloqueadas, nem os bancos envolvidos. Mas confirmaram que se referia aos casos relacionados à operação

Um grupo de investigadores suíços chegou a viajar ao Brasil para tratar do assunto e a cooperação entre os dois países tem sido intensa. Mas, na Embaixada do Brasil em Berna, a ordem é não dar nenhum detalhe sobre o assunto.

O Ministério Público também confirma que o Brasil ou pessoas no país afetadas por esses supostos criminosos vão poder, no momento adequado, repatriar os recursos caso prove que são frutos de fraude ou corrupção. "A restituição seguirá um procedimento especial", explicou Walburga.

O governo suíço insiste que vem facilitando a repatriação de recursos a outros países. Mas o processo é lento e exige, antes de tudo, uma condenação final no país de origem das pessoas consideradas como suspeitas.

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