O presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB) passou por uma "saia justa" nesta segunda-feira (2) ao ser cobrado por suplentes de vereadores que pedem a promulgação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que aumenta em cerca de 7 mil o número de vagas nas câmaras municipais de todo o país. Temer teve de ser escoltado por seguranças para chegar ao seu gabinete.
O constrangimento de Temer ocorreu quando ele chegou à Câmara, ele foi surpreendido por dezenas de suplentes de vereadores que pediam a promulgação da proposta. Temer explicou a posição da Casa: "Esta proposta precisa passar pela Câmara outra vez, não tem outro jeito."
A Câmara se recusa a promulgar a PEC porque o Senado retirou um artigo que obrigava a redução dos gastos nos legislativos municipais para compensar o aumento de vagas.
Insatisfeitos com a resposta de Temer, os suplentes começaram a gritar palavras de ordem e a fazer pedidos com o dedo em riste na frente do peemedebista. A segurança da Câmara interveio e escoltou o presidente até o seu gabinete.
Um dos líderes do movimento pela recomposição das câmaras, Fábio Persi (PSC-MG) disse que os suplentes não estão dispostos a esperar uma nova tramitação.
"Os suplentes vieram de todo o Brasil e vão acampar no Salão Verde. Não temos dinheiro para pagar o hotel e não temos culpa se a Câmara não fez um estudo do que estava sendo votado". Persi destaca que a promulgação da PEC poderá gerar 30 mil empregos nos legislativos.
A disputa foi levada pelo Senado ao Supremo Tribunal Federal (STF). O ex-presidente Garibaldi Alves (PMDB-RN) entrou com uma ação para que a Câmara seja obrigada a aceitar a promulgação parcial da PEC. Na Câmara, a expectativa é de que o Senado recue e mande o projeto para nova avaliação dos deputados.
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