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O ministro Marco Aurélio Mello adiou nesta quarta-feira (24) o julgamento do pedido de habeas-corpus do governador afastado do Distrito Federal, José Roberto Arruda (sem partido, ex-DEM). O pedido havia sido feito pelo advogado de Arruda, Nélio Machado. O julgamento estava previsto para esta quinta-feira (25).

Em entrevista no STF, Nélio Machado disse que fez o pedido diante de "fatos novos" que surgiram no caso. Questionado quais seriam esses fatos, ele não foi específico. O advogado destacou, porém, que pede que Arruda seja ouvido pelas autoridades antes de o habeas-corpus ser julgado pelo Supremo.

Arruda está preso desde o último dia 11, na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, por ordem de um decreto de prisão preventiva do Superior Tribunal de Justiça (STJ). No dia 12 de fevereiro, o ministro Marco Aurélio negou habeas corpus a Arruda em caráter liminar (provisório).

O governador é acusado de tentar subornar uma testemunha do chamado mensalão do DEM de Brasília.

O escândalo envolve Arruda, o ex-vice-governador, Paulo Octávio, que renunciou ao cargo nesta terça, deputados distritais, empresários e integrantes do governo, suspeitos de participarem de um esquema de distribuição de propinas. Arruda é suspeito de comandar um esquema de corrupção no DF, o que ele nega.

Prisão

O pedido de prisão de Arruda se baseia na tentativa de suborno ao jornalista Edmilson Edson dos Santos, conhecido como Sombra. O jornalista é testemunha do suposto esquema de corrupção no governo do Distrito Federal, que ficou conhecido como mensalão do DEM de Brasília.

Segundo Sombra, o suborno serviria para que ele mudasse seu depoimento à Polícia Federal, dizendo que os vídeos gravados pelo ex-secretário de Relações Institucionais do Distrito Federal Durval Barbosa foram montados. Durval foi quem delatou o suposto esquema de corrupção. Nos vídeos em que gravou, aparecem empresários, deputados e até o governador Arruda recebendo maços de dinheiro.

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