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Brasília - O ex-prefeito de Curitiba Cassio Taniguchi espera por uma posição oficial do DEM para definir se continua no governo do Distrito Fede­­­ral. Eleito deputado federal pelo Paraná em 2006, ele licenciou-se do cargo em 2007 para assumir a Secretaria de Desenvol­­­vimento Urbano e Meio Ambiente do Distrito Federal. O secretário não foi citado nas investigações da Polícia Federal sobre o pagamento de propina para aliados do governador José Roberto Arruda.

Taniguchi diz que foi convidado para o cargo pessoalmente por Arruda, mas que aceitou o pedido graças à influência do DEM. "Estou aqui para cumprir uma missão determinada pelo meu partido. Sempre coloquei isso muito claramente para os meus eleitores. Preciso esperar por mais explicações do governador e pelo posicionamento do partido para decidir se fico ou não."

O ex-prefeito recebeu 67.821 votos para deputado, a maioria de eleitores curitibanos. Na prática, a licença não beneficiou o DEM, já que a vaga deixada por ele na Câmara ficou com o suplente Airton Roveda, do PR, legenda que apoia o presidente Lula.

Além de Taniguchi, o deputado paranaense Alceni Guerra (DEM) também trabalhou no governo Arruda. Ele foi secretário de Educação Especial durante o primeiro semestre de 2008. O parlamentar afirma que não pode se manifestar sobre o escândalo porque ainda não conversou com o governador, mas faz elogios ao antigo parceiro.

"Para mim essas notícias foram uma surpresa. Sempre tive o Arruda como uma pessoa extremamente correta." Alceni conta que exerceu uma função muito específica no governo e que por isso não teve contato com os secretários envolvidos nas denúncias.

"Meu objetivo era entregar 100 escolas com ensino integral. Consegui 200, mesmo com uma secretaria que não tinha orçamento próprio, e logo depois deixei o governo." No começo do 2009, Alceni foi nomeado secretário municipal de Planejamento de Curitiba, mas logo depois voltou à Câmara. Ele é o principal articulador da campanha do prefeito Beto Ri­­cha (PSDB) a governador no interior do estado.

Já Taniguchi diz que só se en­­controu com o secretário de Rela­­ções Institucionais do Distrito Federal, Durval Barbosa, em reu­­niões do primeiro escalão do governo. Barbosa é o pivô das denúncias contra Arruda e foi presidente da Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan) durante o governo anterior, de Joaquim Roriz (ex- PMDB, atualmente no PSC). A Codeplan teria levantado R$ 57 milhões para a campanha de Arruda, em 2006.

Em 2007, a companhia passou a ser vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Urbano, já sob a gestão de Taniguchi. "Quem escolheu o novo presidente (Marcelo Rosso) foi o governador. E a Codeplan passou por um período de intervenção, devido às denúncias que se acumulavam na gestão anterior", afirma Taniguchi. As investigações da Polícia Federal até agora não apresentam denúncias de má gestão na companhia a partir de 2007.

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