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O ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, disse que falta racionalidade política ao ex-presidente Itamar Franco, que nesta quinta-feira atacou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva depois de aderir à candidatura de Geraldo Alckmin (PSDB) à Presidência.

- O presidente Itamar é uma pessoa que nós respeitamos, mas ele reage em cima de mágoas pessoais e não em cima de racionalidade política, o que seria de se esperar de um presidente da República - disse Tarso à Reuters por telefone.

Para o ministro, os ataques a Lula são "injustiça", uma vez que o presidente nomeou Itamar, apoiador do petista na eleição de 2002, para a embaixada em Roma, que ele deixou em 2005. Em Belo Horizonte, após declarar apoio a Alckmin, Itamar chamou Lula de "arrogante" e disse que seu governo é um "feixe de palha". Em contraposição, afirmou que Alckmin é "uma companhia ética".

Numa referência às conhecidas idas e vindas do político mineiro, Tarso disse contar com uma nova mudança de idéia de Itamar num eventual segundo turno ou num próximo mandato.

- As acusações não estabelecem ruptura de relações. Se tiver segundo turno, e o Alckmin não estiver, Itamar poderá estar conosco.

Tarso creditou a decisão de Itamar a questões do PMDB.

- O apoio ao Alckmin é por problemas internos do PMDB de Minas Gerais, mas sabemos que podemos contar com ele no segundo mandato, porque, apesar disso, ele pensa muito no Brasil.

A aproximação com Alckmin pode ser interpretada com a resposta de Itamar ao PT, que rechaçou sua candidatura ao Senado em troca de apoio ao ex-governador Newton Cardoso (PMDB). Ainda este ano, ele tentou, sem êxito, ser candidato do PMDB à Presidência e, após os dois fracassos, saiu do partido. Outra questão em jogo é o projeto de eleição do governador mineiro Aécio Neves (PSDB) para a Presidência em 2010, que Itamar também defenderia.

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