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BRASÍLIA - O presidente do PT, Tarso Genro, assumiu que esta é a crise mais brutal e dolorosa que o partido passou até hoje. Nem a lista entregue à Polícia Federal pela gerente financeira da agência SMP&B, Simone Vasconcelos, com nomes de beneficiados pelos repasses de Marcos Valério espantou Tarso.

- Eu recebi sem surpresa. Eu acho que já está demonstrado que existe uma estrutura paralela de financiamento, de capilaridade nacional e isso está sendo revelado com mais precisão - acredita Tarso Genro, presidente do PT.

Tarso Genro diz que já tem uma lista própria de petistas que devem se explicar.

- Eu vou propor à executiva um ofício que será encaminhado a todos os nossos companheiros que estão sendo mencionados com fatos objetivos para que eles apresentem o seu relatório e a sua versão ao partido - afirmou o presidente do PT.

Nas contas de Tarso Genro, pelo menos 15 parlamentares devem explicações ao partido. Ele não quis dar nomes, mas na lista estão os deputados federais José Dirceu, João Paulo Cunha e José Mentor.

Se o pedido for aprovado pela cúpula do partido, os acusados terão dez dias para apresentar a defesa.

O presidente do PT também quer esclarecimentos para decidir se esses suspeitos de envolvimento com o caixa 2 devem ser investigados pela comissão de ética do partido. E Tarso Genro ainda mandou um recado àqueles que pensam em renunciar ao cargo para escapar da cassação.

- A questão da renúncia é uma questão de foro íntimo porque a renúncia é uma antecipação ao processo, onde a pessoa outorga a si o mínimo de culpa e se retira da cena publica. A pessoa que renunciar, no contexto político atual, eu defenderei no diretório nacional que a sua renúncia seja uma renúncia também a uma eventual candidatura - disse Tarso.

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