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O ministro da Justiça, Tarso Genro, garantiu na tarde desta segunda-feira que não há nenhuma prova de que o ministro das Minas e Energia, Silas Rondeau, tenha recebido propina de R$ 100 mil da construtora Gautama, embora o relatório da Polícia Federal, que ele próprio já analisou, informe a entrega da quantia no gabinete de Rondeau.

Tarso Genro, que tem mantido o presidente Lula informado sobre detalhes da Operação Navalha, não quis opinar sobre a conveniência de Rondeau se afastar do Ministério, até a conclusão das investigações. Ele considera que esta é uma decisão que cabe ao próprio ministro, contra quem, ressaltou, não há provas.

- O fato de uma pessoa ir ao escritório de outra não quer dizer que haja um nexo de finalidade. Isto vai ser examinado pelo procurador e depois pelo Supremo Tribunal Federal. A própria Polícia Federal diz que não há nenhuma prova física de entrega e de comprometimento presencial do ministro Silas. Portanto, isto que está colocado aí, estou dizendo, vai ser examinado pelo procurador, mediante todas as outras provas circunstanciais. O que vocês estão tentando me tirar é uma declaração que eu não devo e não posso dar, ou seja, um juízo de valor sobre um nexo de causalidade, que é a presença de uma pessoa portando dinheiro no Ministério, e o comprometimento do ministro Rondeau.

Tarso Genro disse ainda que a PF não tem uma lista de políticos ligados à construtora.

- Não há nenhuma lista. O que existe na realidade é uma relação, que certamente vai ser dada ao conhecimento do STF no momento oportuno, se é que já não está nos autos, de centenas de pessoas que receberam mimos e brindes da empresa, como com todas as empresas. Não há nenhuma lista de pessoas comprometidas com corrupção. Isto é uma invenção. As pessoas que a polícia vê como comprometidas com delitos são as que estão indiciadas.

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