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Apesar de o próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmar, no ano passado, logo após eleito, que iria priorizar a reforma política em seu segundo mandato, o ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, disse nesta quinta-feira que ela não é essencial para a governabilidade.

- O governo Lula não precisa das reformas política e tributária para governar - afirmou Tarso, acrescentando que o governo vai esperar a eleição no Congresso para pedir à Câmara e Senado que apresentem uma agenda para reforma política porque, segundo o ministro, o governo não vai mais coordenar o processo. - Não é uma questão específica do governo Lula. É uma questão do conjunto da sociedade e do conjunto dos partidos. Por isso acreditamos que uma negociação pode ser feita para fazê-la rapidamente.

No ano passado, em seu primeiro discurso logo após ser declarado eleito, Lula declarou: "Vamos discutir, logo no começo do mandato, a reforma política que o Brasil tanto precisa".

Tarso Genro admitiu que a reforma é importante, mas considerou que disso não depende a governabilidade.

- No sistema político atual, mesmo com a demonstração de esgotamento, qualquer governo teria condições de governabilidade. Não há perigo institucional.

O ministro justificou sua declaração afirmando que as fez para que não pareça que o governo está chantageando o Congresso.

- Esta afirmação é para não parecer que o governo Lula quer fazer qualquer chantagem em relação ao Parlamento. Essa é uma reforma que depende fundamentalmente de um acordo no Parlamento. Mesmo assim, Tarso adiantou que o governo quer que a reforma seja votada ainda no primeiro semestre, mas a proposta não partirá do Palácio do Planalto.

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