O ministro de Relações Institucionais, Tarso Genro, rebateu nesta sexta-feira a declaração de que o governo esteja negociando com parlamentares em torno da eleição para a Presidência da Câmara.
- O governo não autorizou ninguém a fazer qualquer proposta, nem para o grupo que apóia o Aldo Rebelo (PCdoB) e nem para o grupo que apóia o Arlindo Chinaglia (PT-SP). O governo não garante nenhuma proposta que eventualmente seja feita. Não é uma moeda correta - disse o ministro.
O candidato da terceira via, Gustavo Fruet (PSDB-PR), criticou na quinta-feira a postura do Executivo em relação à disputa afirmando que o governo até agora não anunciou novo ministério, esperando eleição da Mesa da Câmara.
- Isso é sinal de dependência, porque dá a impressão de que depois da eleição aliados vitoriosos poderão ser premiados - avaliou Fruet.
Ao ser indagado sobre a possibilidade de haver um segundo turno na eleição da Câmara, com a candidatura do deputado Gustavo Fruet, o ministro afirmou que, se isso acontecer, a base aliada estará junta.
- Todos os partidos estarão juntos para votar naquele candidato que passar para o segundo turno - respondeu.
Tarso reiterou que o Executivo não vai tomar partido na sucessão no Legislativo e que o fato de a base aliada ter dois candidatos na disputa não vai diluir a integração entre os governistas ou abalar a coalizão.
- Nossa preocupação é com os efeitos do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC). Este sim terá reflexos na manutenção da coalizão - afirmou.
Tarso disse que o plano, que será apresentado na segunda-feira, trará medidas que contribuirão para o desenvolvimento, e que se as lideranças partidárias desejarem poderão fazer ajustes ao plano. O ministro afirmou que as diretrizes fundamentais apresentadas pelo plano não serão transformadas, mas normas poderão ser ajustadas.



