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Eduardo e o irmão, Roberto Requião: contratos investigados | Rodolfo Bührer/arquivo/ Gazeta do Povo
Eduardo e o irmão, Roberto Requião: contratos investigados| Foto: Rodolfo Bührer/arquivo/ Gazeta do Povo

O Tribunal de Contas do Estado do Paraná detectou indícios de irregularidades no convênio de cooperação mútua que autarquias ligadas ao governo do estado e empresas públicas mantêm com o escritório de representação do estado em Brasília. As possíveis irregularidades foram constatadas pela 1.ª Inspetoria de Controle Externo do TC em uma auditoria rotineira nas contas da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) no biênio 2009 e 2010.

O contrato entre a Appa e o escritório de representação do estado em Brasília foi firmado em fevereiro de 2007 e tem duração prevista até 2012. Inicialmente, o contrato previa que a Appa faria repasses mensais ao escritório no valor de R$ 10 mil. Em junho de 2009, esse valor foi reajustado para R$ 20 mil mensais. O último repasse feito ao escritório pela autarquia foi em junho deste ano. Segundo a assessoria de imprensa da Appa, também fazem parte do mesmo convênio de cooperação mútua Paranacidade, Sanepar, Cohapar, Copel, Celepar e o Detran.

A assessoria de imprensa do TC não informou quais seriam os indícios de irregularidades encontrados pelos auditores da 1.ª Inspetoria. Segundo a assessoria do órgão, as investigações ainda estão em fase inicial e, por enquanto, não foi tomada qualquer decisão em relação ao contrato.

Entre janeiro do ano passado e maio deste ano, o escritório de representação do estado em Brasília foi comandado por Eduardo Requião, ex-superintendente da Appa e irmão do ex-governador Roberto Requião (PMDB). Nesse período, o escritório ganhou status de secretaria especial. A medida foi uma forma que Requião encontrou de manter o irmão no governo após a edição da súmula vinculante do Supremo Tribunal Federal que proibiu o nepotismo no funcionalismo público.

Com a saída de Eduardo Requião da representação do estado em Brasília, o órgão ficou ainda mais enfraquecido. Em junho, deixou de ser uma secretaria e a sala que era reservada para o escritório na capital federal foi esvaziada. Agora só restam uma estante e uma cadeira na sala reservada ao governador. Os móveis foram retirados por Eduardo, sob o argumento de que a mobília estava cedida em comodato e pertencia a uma empresa de sua família. Eduardo foi exonerado do cargo em 10 de maio deste ano. Em seu lugar, assumiu Vitor Lacombe, que era o chefe de gabinete do escritório.

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