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Auditoria

TCU detecta aplicação irregular feita pelo IRB no fim do governo FH

Uma auditoria do Tribunal de Contas da União nos investimentos feitos pelo Instituto de Resseguros do Brasil (IRB) mostra que uma aplicação de US$ 240 milhões feita em outubro de 2002, no fim do governo Fernando Henrique, contraria as normas da instituição e não deveria ter sido levada adiante.

Ao investigar a denúncia feita pelo deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) de que o IRB poderia ter sido usado para investir as suas reservas no Banco do Espírito Santo, numa operação que seria intermediada pelo empresário Marcos Valério, o TCU encontrou a operação pela qual foi investido o dinheiro nos bancos Société Générale, Bayerishe Landsbank e no Royal Bank of Scotland.

Segundo o TCU, mesmo antes de ser resgatado, o investimento realizado em 2002 já teria dado prejuízo ao IRB. Para levantar parte do valor necessário ao investimento, US$ 112 milhões, o IRB teve de se desfazer de aplicações realizadas no Goldman Sachs, Morgan Stanley e Salomon Brothers.

- Nessa operação, o IRB acumulou perda de US$ 5,4 milhões por ter vendido títulos em época que o valor de mercado estava abaixo do preço de custo - afirmam os auditores do TCU no relatório sobre a operação.

A manutenção dos investimentos no exterior, na avaliação dos técnicos, também contraria a legislação que trata do assunto e desobedece a política de investimentos do IRB, que não pode aplicar mais de 50% de suas reservas fora do país. Hoje, esse percentual, segundo o TCU, está em 65%.

Além disso, o relatório destaca que quando as aplicações vencerem, em outubro de 2006, o IRB terá garantido apenas o principal do que investiu. O relatório ainda não foi julgado pelos ministros do TCU, mas já foi encaminhado à CPI dos Correios.

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