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Temer, durante café da manhã com senadores, ouviu que  há resistência no Congresso ao aumento de impostos | Marcos Corrêa/VPR
Temer, durante café da manhã com senadores, ouviu que há resistência no Congresso ao aumento de impostos| Foto: Marcos Corrêa/VPR

Em reunião com os líderes dos partidos aliados no Senado, o presidente interino Michel Temer falou que deverá corrigir o déficit fiscal previsto pelo governo Dilma de R$ 96 bilhões para cerca de R$ 150 bilhões. Ele disse aos senadores que enviará a nova meta fiscal ao Congresso na próxima segunda-feira, dia 23. A ideia dos aliados é votar a atualização da meta no dia seguinte. Ele ainda reclamou aos aliados da “herança maldita” recebida do governo do PT.

Temer fez um apelo geral pela agilização de votações importantes ao governo, com ênfase na revisão da meta fiscal. “É preciso fazer a revisão da meta com toda a transparência necessária. Esta é a crise mais grave que já enfrentamos e é necessário um esforço nacional”, disse o líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB), após deixar a reunião.

No café da manhã, Temer reclamou da “herança maldita” deixada pelo governo Dilma, citando boicotes. “O presidente quer inaugurar uma nova relação com o Congresso, discutindo os temas polêmicos. Também está fazendo um inventário da herança maldita para denunciar boicotes que foram feitos antes da saída da presidente Dilma”, relatou Cunha Lima.

Durante a conversa, Temer não falou sobre a volta da CPMF, nem do aumento da Cide (o imposto dos combustíveis), mas foi alertado sobre resistências no Congresso sobre o tema. “Não se falou em CPMF, mas há uma resistência conhecida no Congresso sobre temas que aumentam impostos”, afirmou o tucano.

Diferentemente da campanha feita na Câmara entre partidos aliados para a definição do líder do governo, os senadores deixaram claro ao presidente interino que esta definição cabe exclusivamente a ele. Na reunião, o tema não foi debatido, relatou o senador do PSDB. “Essa é uma prerrogativa exclusiva do presidente. Por parte do Senado, não vamos emparedá-lo”, disse, numa crítica à ação dos deputados.

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