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Osmar Terra vai comandar o ministério do Desenvolvimento Social e Agrário. | Lucio Bernardo Jr/Câmara dos Deputados
Osmar Terra vai comandar o ministério do Desenvolvimento Social e Agrário.| Foto: Lucio Bernardo Jr/Câmara dos Deputados

Apesar de o presidente em exercício Michel Temer (PMDB) garantir a manutenção de bandeiras sociais criadas nos 13 anos de governo do PT, o ministro do Desenvolvimento Social e Agrário, Osmar Terra, afirmou ser necessário “oportunizar a saída” para beneficiários do programa Bolsa Família.

“Eu acho que não deve se mexer nisso agora, mas tem de se oportunizar a saída do programa. As pessoas têm que ter renda e não pode ser objetivo de vida viver só do Bolsa Família e o que está acontecendo é isso”, disse ele durante a cerimônia de posse. “As pessoas estão entrando e não estão saindo. Temos que ajudar as pessoas a sair do programa”, emendou.

No comando da pasta oriunda da fusão de dois ministérios sociais controlados pelo PT, o deputado federal licenciado do PMDB gaúcho criticou as falas de Dilma Rousseff de que a meta de elevar o padrão de vida dos 5% mais pobres, ou 10 milhões de pessoas, prevista no documento “Travessia Social”, iria excluir beneficiários do Bolsa Família. “O documento não fala em redução do Bolsa Família. E vamos combinar que se o discurso da presidente diz que menos de 10% da população é pobre, por que temos 50 milhões de pessoas recebendo o Bolsa Família?”, indagou Terra.

Mesmo com a prioridade de “preservar a área social a qualquer custo” determinada por Temer, o ministro do Desenvolvimento Social e Agrário admitiu que a fusão das duas pastas, que originou a comandada por ele, vai colaborar para o enxugamento da máquina pública previsto pelo presidente em exercício.

Para estruturar o novo ministério, Terra afirmou que procurou ajuda do Movimento Brasil Competitivo, cujo presidente do conselho é o empresário Jorge Gerdau. “O pessoal da área também tem de ser aproveitado, para montar um ministério mais enxuto para avançar nos resultados”.

Ainda segundo o novo ministro, as ameaças dos movimentos sociais contrários à fusão das pastas e ainda temendo a descontinuidade de programas não fazem sentido. “Está se tentando preservar programas dos cortes, porque com a tragédia que é a economia hoje, o legado que nos está deixando o governo Dilma era para ter cortes gigantescos”, concluiu.

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