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Em plena campanha de prevenção contra os riscos do consumo de bebidas alcoólicas, o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, se viu tendo de apelar para um ditado popular para evitar um choque de opiniões com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Em viagem pela Jamaica, Lula defendeu abertamente o consumo da cachaça brasileira. "O dia que o mundo experimentar a boa cachaça brasileira, o uísque vai perder mercado", declarou o presidente nesta quinta, em Kingston. Temporão, que já implicou com uma propaganda de cerveja protagonizada pelo cantor Zeca Pagodinho, tentou se explicar.

"Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa. O presidente defendeu a exportação de um produto brasileiro. Eu estou defendendo a conscientização do consumo. A campanha não é para proibir ninguém de beber. É para que a sociedade atente para o consumo precoce e abusivo de bebidas alcoólicas pelos jovens", disse o ministro, durante o lançamento da Campanha de Prevenção dos Riscos de Consumo de Bebida Alcoólica, nesta sexta-feira (10), no Rio.

Campanha

Com a campanha, o Ministério da Saúde quer modificar a classificação de bebida alcoólica no país. Pela lei atual, para ser considerada alcoólica, a bebida tem de ter concentração de 13 graus ou mais de álcool em sua composição. A nova regulamentação passaria a considerar as bebidas com teor acima de 0,5 grau de álcool.

"Hoje temos uma distorção grave na classificação, que deixa de fora alguns vinhos, todas as cervejas e misturas. Essa nova lei vai estabelecer que bebida alcoólica é aquela que tem 0,5 grau ou mais", disse o ministro.

Além disso, o governo também pretende proibir a venda do produto em estradas federais. E pensa numa forma de dar condições à Polícia Rodoviária Federal (PRF) para coibir motoristas que transportem bebidas alcoólicas para consumo imediato em seus carros. O decreto de lei já foi O decreto de lei já foi enviado ao Congresso.

Segundo Temporão, somente a partir da nova lei de classificação das bebidas, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) terá condições legais de regulamentar horários e formas de exibição da propaganda de bebidas alcoólicas.

"São medidas de extremo impacto, dentro da política do programa de segurança e cidadania que está sendo lançada pelo governo", enfatizou.

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