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O delegado adjunto Adilson Palácio, que cuida das investigações da morte do menino João Hélio, disse nesta quarta-feira (21) que duas testemunhas confirmaram que os bandidos sabiam que João Hélio estava preso ao cinto do lado de fora do carro. João Hélio foi arrastado e morto do lado de fora do carro, depois que bandidos roubaram o carro de sua mãe, no dia 7 de fevereiro, no subúrbio do Rio. As testemunhas estavam no trajeto do carro no dia do assalto e foram ouvidas na Delegacia de Homicídios (DH) no domingo de carnaval (18). "Elas disseram que pelo barulho, pelas pancadas na lataria do carro, seria impossível que os bandidos não soubessem do menino", contou o delegado.

Adilson Palácio disse ainda que o inquérito sobre o caso já está quase pronto e que deve ser entregue no máximo na sexta-feira. Segundo ele, só falta o relatório da reconstituição do crime, feita no último dia 15. "Mesmo sem o relatório das impressões digitais vamos entregar o inquérito ao Ministério Público. Não há dúvidas que os cinco participaram da ação e o promotor aceitou que mandássemos as impressões depois", disse o delegado.

De acordo com ele, ainda há uma testemunha a ser ouvida, que é a irmã de João Hélio, Aline, que no momento não está com condições psicológicas de prestar depoimento. Ele disse que o promotor do caso vai ouvir Alice depois.

O crime

O crime aconteceu na noite do dia 7 de fevereiro, quarta-feira, na Rua João Vicente, no Bairro de Osvaldo Cruz, subúrbio do Rio. O Corsa prata de Rosa Fernandes Vieites foi parado por três homens, segundo a polícia. O menor de 16 anos, que confessou estar usando uma arma de brinquedo, teria rendido a motorista e exigido que os dois filhos dela, Aline, de 13 anos, e João Hélio, de seis anos, descessem do carro.

Segundo Rosa, João Hélio não conseguiu se soltar do cinto de segurança e ficou preso, com o corpo pelo lado de fora do carro. Ele foi arrastado por 7 km, num percurso por quatro bairros do subúrbio – Oswaldo Cruz, Madureira, Campinho e Cascadura, onde o corpo e o carro foram abandonados.

Dezoito horas depois do crime, e diante da forte repercussão que o caso teve na opinião pública, a polícia começou as prisões dos supostos envolvidos. Denunciado pelo próprio pai, um porteiro que trabalha numa escola particular em troca de estudos para a filha, Diego Nascimento Silva, de 18 anos, foi localizado num morro de Madureira. Ele já teve várias passagens por delegacias.

Foram presos ainda um menor de 16 anos, o irmão dele, Carlos Eduardo, e dois outros suspeitos de pertencer a mesma quadrilha de ladrões de automóveis: Tiago, de 19 anos, e Carlos Roberto, de 21 anos.

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