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Testemunhas foram indicadas pela defesa do deputado André Vargas, alvo de processo | Antônio More/ Gazeta do Povo
Testemunhas foram indicadas pela defesa do deputado André Vargas, alvo de processo| Foto: Antônio More/ Gazeta do Povo

Outro caso

Também nenhuma testemunha compareceu à sessão do Conselho de Ética para a oitiva referente ao processo por quebra de decoro parlamentar do deputado Luiz Argôlo (SDD-BA). Estavam marcados os depoimentos do chefe de gabinete de Argôlo, Vanilton Ribeiro, e de um comerciante de gado, Júlio Gonçalves de Lima Filho. Ambos eram testemunhas da relatoria do caso Argôlo, que disputará mais um mandato de deputado federal no próximo pleito.

O Conselho de Ética da Câmara Federal se reuniu ontem para ouvir as testemunhas de defesa do deputado André Vargas (sem partido-PR), que responde a um processo por quebra de decoro parlamentar no colegiado devido ao seu envolvimento com o doleiro preso Alberto Youssef, suspeito de envolvimento em um esquema bilionário de lavagem de dinheiro. No entanto, nenhum dos convidados a depor compareceu.

Segundo o advogado de defesa do deputado, Mi­­chel Saliba, o prefeito de Apu­­carana, Carlos Alberto Gebrim Preto (PT), conhecido como Beto Preto, deveria depor, mas informou, em cima da hora, que não iria mais à Câmara. Outras seis testemunhas indicadas por Vargas, todas elas com vínculo com o Paraná, ainda poderão ser ouvidas na próxima reunião do conselho, marcada para terça-feira. Será o terceiro convite feito a elas. Alguns dos arrolados no processo indicaram que podem depor nos próximos dias ou em agosto.

Para o relator do processo, deputado Júlio Delgado (PSB-MG), as ausências mostram que há uma clara intenção em protelar e adiar o andamento do caso. "Vê-se claramente que não há nenhuma intenção de comparecer aqui. Um fala que só pode vir depois da Copa, outro fala que só pode vir com 10 dias de prazo para convite. Há uma clara intenção de protelar e de adiar. E volto a dizer que das poucas testemunhas que vieram até agora, colaboraram e muito com a instrução do nosso processo", disse. Delgado criticou ainda a falta de poder do Conselho para convocar testemunhas, só podendo convidá-las.

Indicados

A defesa informou que deverá rever até hoje os nomes indicados para testemunhar a favor de Vargas. Segundo Saliba, pelo menos duas testemunhas deverão ser trocadas e haverá um novo pedido para ouvir o doleiro Alberto Youssef. Preso em Curitiba, o doleiro seria ouvido em 1.º de julho por meio de videoconferência. No entanto, seus advogados informaram que ele não iria responder a nenhum questionamento.

Se a Câmara não entrar em recesso a partir do dia 17 de julho, Delgado afirma que o prazo para ouvir as testemunhas se encerra em 29 de julho. Ele teria então, mais dez dias para ouvir Vargas e concluir seu relatório.

Segundo Delgado, apenas a defesa pode dispensar as testemunhas agora. No entanto, ele afirma que, se o prazo de conclusão do processo se esgotar, irá concluir o seu relatório sem ouvi-las. Saliba reclamou do tempo regimental concedido para a conclusão do processo: apenas 40 dias. "Esse prazo de 40 dias úteis é para inglês ver. Isso é um verdadeiro absurdo. Se querem um processo sério, é preciso garantir o direito de defesa", disse.

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