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Para contornar os problemas do trânsito de Curitiba – que conta com uma frota de mais de um milhão de veículos e é a cidade mais motorizada do país – os candidatos à prefeitura apostam no fortalecimento do transporte coletivo e no incentivo ao uso de outros meios, como a bicicleta. Os oito concorrentes, no entanto, são categoricamente contra a adoção do rodízio de veículos e do pedágio urbano, apesar de já existir na Câmara Municipal de Curitiba um projeto de lei que prevê a primeira medida.

A proposta, que não tem previsão para ser votada, proibiria os carros de circular um dia por semana de acordo com o final da placa, a exemplo do que ocorre em São Paulo.

As propostas

Para Gleisi Hoffmann (PT) é preciso melhorar a qualidade e ampliar o atendimento do transporte coletivo para que as pessoas se sintam seduzidas a deixar o carro na garagem. Entre as propostas da petista estão a criação do Bilhete Fácil – que permitiria ao usuário o acesso a ônibus de diversas linhas com o pagamento de uma única tarifa durante o período de duas horas – e a criação de faixas de circulação exclusivas para os ligeirinhos. Ela também propõe a ampliação da Linha Verde em direção à Região Metropolitana, a implantação imediata do metrô, o aumento da rede cicloviária em 160 km, melhoria nas calçadas e investimento em campanhas educativas.

O candidato à reeleição, Beto Richa (PSDB), propõe o alargamento das canaletas do expresso, permitindo a ultrapassagem entre os veículos o que resultaria em ganho de tempo. O atual prefeito aposta na adoção de semáforos inteligentes e afirma que o metrô – a ser implantado no eixo Norte-Sul passando por baixo da canaleta do expresso – já pode ser considerado uma realidade. Para aumentar a adesão a outros meios de transporte, propõe a construção de ciclovias e ciclo-faixas e melhorias nas calçadas.

Já, Fabio Camargo, do PTB, sugere a construção do metrô de superfície, que substituiria os ônibus biarticulados na linha norte-sul (Pinheirinho-Santa Cândida). A obra, segundo ele, custaria R$ 600 milhões, ou seja, três vezes menos do que o projeto da atual administração (R$ 1,8 bilhão). Outras propostas seriam a construção de estacionamentos subterrâneos em baixo das praças do centro da cidade, a desapropriação da área do Condomínio Springfield (que interrompe o trânsito na Dom Pedro I) para a construção de um binário na Batel, e a retirada dos canteiros com jardins nas grandes vias.

Construir pontos de ultrapassagens nas canaletas, para que os ônibus possam ganhar velocidade, e terceiras pistas onde for possível é o que propõem Carlos Moreira (PMDB). O metrô também está previsto no plano de governo do PMDB, mas deverá ser elevado e silencioso. Ele aposta em trincheiras e viadutos para dar agilidade ao trânsito de Curitiba e nas vias alternativas de deslocamento, os chamados anéis perimetrais, que permitiriam ir de um bairro a outro sem passar pelo centro da cidade. Já as ciclovias de trabalho também devem ser construídas.

Passes livres

O PV, de Maurício Furtado, pretende, além da área restrita, implantar o passe livre a todos os estudantes, valor que seria subsidiado pela prefeitura e não repassado aos demais usuários. O candidato também prevê um projeto para o metrô e a utilização de combustíveis menos poluentes nos ônibus, além do investimento na manutenção e construção de ciclovias.

A parceria com o Banco Mundial para a construção do metrô é fundamental para Ricardo Gomyde, do PCdoB. Segundo ele, sua gestão beneficiaria os pedestres e ciclistas, com a melhoria de calçadas e ciclovias, além de investimentos em campanhas de conscientização da população.

O candidato Lauro Rodrigues, do PTdoB, propõe que o Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc) volte a planejar o transporte e promete a colocação de parquímetros na cidade. Outra proposta é o barateamento das tarifas, por meio de subsídios a serem negociados com os governos do Estado e Federal.

Bruno Meirinho, do PSol, propõe a redução do preço da passagem que poderia chegar a R$ 1,32, de acordo com um estudo feito pelo Dieese. Ele não descarta o metrô, mas defende um maior debate para sua implementação. O PSol também destaca a construção de ciclovias, a adaptação do transporte coletivo e do trânsito para pessoas com necessidades especiais, além do passe livre para estudantes e desempregados, benefício financiado pela prefeitura.

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