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O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou nesta segunda-feira (27) pela absolvição do ex-presidente da Câmara João Paulo Cunha (PT-SP), atualmente deputado federal, na acusação de corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro, ao receber R$ 50 mil da empresa SMP&B, de Marcos Valério, em 2003. O dinheiro foi sacado na agência do Banco Rural, de Brasília, por Márcia Regina, mulher do deputado.

Com esse voto, Toffoli absolveu também o empresário Marcos Valério e os sócios Ramon Hollerbach e Cristiano Paz por crimes de corrupção ativa e peculato, exatamente como foi o voto do ministro revisor do processo, Ricardo Lewandowski.

O voto de Toffoli no processo de julgamento dos réus do escândalo do mensalão já era esperado. Ex-advogado do PT, Toffoli é tido como voto certo em favor dos réus petistas.

"Não vejo lavagem de dinheiro. O dinheiro foi entregue ao réu pelo próprio Delúbio Soares, para pagar pesquisas eleitorais na região de Osasco", disse Toffoli, ao afirmar que João Paulo não lavou dinheiro.

Quanto à acusação de corrupção passiva, Toffoli citou depoimentos em juízo de testemunhas da comissão de licitação da Câmara para "provar que o processo de contratação" da empresa SMP&B foi legal.

O Ministério Público acusou João Paulo de ter recebido R$ 50 mil de Marcos Valério para facilitar a contratação da SMP&B pela Câmara dos Deputados.

Henrique Pizzolato

Dias Toffoli, no entanto, votou pela condenação de Henrique Pizzolato, ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil, por crime de peculato no caso do desvio de cerca de R$ 2,5 milhões em um contrato do BB com a empresa DNA, de Marcos Valério, e do contrato de cerca de R$ 73 milhões da Visanet com a empresa do publicitário. Nesse caso, Marcos Valério e seus dois sócios também foram condenados.

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