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Despertou muita especulação política a parceria entre o governador Roberto Requião (PMDB) e o prefeito Beto Richa (PSDB) – na Vila Icaraí, onde ocorreu a chacina que matou nove pessoas. Ontem, as 1,2 mil famílias da ocupação tiveram acesso a serviços públicos gratuitos como documentos, exames de saúde e consultas jurídicas. O líder do PDT na Assembleia, Luiz Carlos Martins, batizou o movimento de "Operação tapas e beijos". Requião e Richa hoje são adversários, mas não descartam uma aliança para 2010.

Uma comitiva de 20 pessoas ligadas à Associação dos Municípios do Oeste do Paraná (Amop) embarcou na sexta-feira para uma missão oficial na Itália e França. O grupo é composto por nove prefeitos, acompanhados de suas esposas e de um secretário municipal de Administração, além do secretário-executivo da Amop. A viagem vai custar US$ 73,5 mil – o equivalente a R$ 127 mil. Participam da comitiva os prefeitos de Toledo, Corbélia, Palotina, Santa Helena, Nova Santa Rosa, Entre Rios, Marechal Cândido Rondon, Jesuítas e Quatro Pontes, além do secretário de Administração de Capitão Leônidas Marques. Cada município vai pagar as despesas do prefeito e da primeira-dama. De acordo com Eliezer Fontana, prefeito de Corbélia e presidente da associação, a missão pretende buscar um intercâmbio de tecnologia e conhecimento do setor do agronegócio. Na França, os prefeitos visitarão a empresa Lactalis, uma das maiores indústrias de produtos derivados do leite. De acordo com Fontana, a empresa tem interesse em instalar uma unidade no Paraná com investimento superior a US$ 50 milhões. No início do ano, uma comitiva da Lactalis esteve na Amop.Conversa afiadaO deputado federal José Eduardo Cardozo (PT-SP) é secretário-geral do diretório nacional do PT e candidato à presidência nacional da legenda.

Como o senhor analisa a aliança nacional PT-PMDB para as eleições de 2010?

É uma situação natural. Nosso antagonismo nacional é contra tucanos e democratas. O PMDB é o maior partido do país, preside as duas Casas do Parlamento e é aliado na jornada do governo Lula. O PMDB e vários outros partidos estarão conosco e, assim, poderemos deixar nossos adversários bastante isolados.

Mas como ficarão as divergências estaduais entre as duas legendas?

O compromisso é de unificar a aliança ao máximo. Mas sabemos que isso não será possível em todos os estados, como no Rio Grande do Sul, por exemplo. Não podemos ignorar as peculiaridades regionais. Mas, onde conseguirmos fechar essa aliança, a possibilidade de vitória é quase total.

Esse é o caso do Paraná?

A possibilidade de entendimento sempre existe. Basta querer viabilizá-la. Mas a direção estadual do partido já está tratando desse assunto.

Se assumir a presidência do partido, o senhor pretende colocar o PT de volta no rumo que motivou sua criação?

Não considero que o PT perdeu seu rumo. Continuamos socialistas, um partido de esquerda. Mas nenhum partido pode governar sem alianças que lhe garantam a governabilidade. É possível fechar alianças sem abrir mão dos seus princípios.Alternativa

O PT do Paraná chegou à conclusão de que precisa ter um "Plano B" para a sucessão estadual se não avançarem as conversas sobre alianças com o PDT e o PMDB. Em nota oficial divulgada na sexta-feira, logo após a reunião da Executiva Estadual, o partido reafirmou que trabalha para construir um palanque forte para a campanha da ministra Dilma Rousseff no Paraná e, para isso, precisa de ampla aliança.

Candidatura própria

A novidade no PT é que o partido admite que se as alianças não forem possíveis, terá de ter uma candidatura própria ao governo do estado. A reação do PT ocorre na esteira dos ataques do governador Roberto Requião (PMDB) ao deputado estadual José Lemos (PT) e após o senador Osmar Dias (PDT) assinar a CPI do MST. Os dois fatos foram citados na nota oficial do partido.

Truque

"O que eu não posso concordar é que todas as vezes que tem eleição no diretório municipal, alguns falam que é preciso mudar e chegam de última hora só para aparecer nas capas de jornal." A frase é do deputado estadual Alexandre Curi (PMDB), que foi reconduzido ao conselho político do partido e saiu em defesa da reeleição do presidente municipal do PMDB, Doático Santos.

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