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Caça a traficante começou em Curitiba

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O traficante Juan Carlos Ramirez Abadía pretendia fugir para o Uruguai na próxima semana para criar um novo império e administrar contas bancárias no país. Abadía considerava que seria mais fácil operar no Uruguai, onde está instalado uma parte importante de seu esquema de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. Para montar as empresas no Brasil, ele confessou que teve a ajuda de outro conhecido traficante, Juan Carlos Ortiz Escobar, sobrinho do lendário Pablo Escobar.

Em fotos obtidas pelo Jornal Nacional, Abadia aparece com marcas das recentes cirurgias plásticas e com a tatuagem do cartel que ele comandaria na Colômbia. Em seu depoimento, ele admitiu que fugiu da Colômbia por ter problemas com a Justiça do país e foi ajudado a montar a estrutura de negócio no Brasil.

Abadía deverá ser extraditado para os EUA, que já formalizou o pedido de prisão preventiva de Abadía, mas o processo promete ser complicado e demorado,segundo especialistas consultados. O ministro do Supremo Tribunal Federal Ricardo Lewandowski decretou na noite de quarta-feira (8) a prisão preventiva para extradição do colombiano Juan Carlos Ramirez-Abadia, acusado de associação para o tráfico de drogas. Após a comunicação oficial do cumprimento do mandado de prisão, deverá ser enviado ao Supremo o pedido de extradição.

Ele foi preso na terça-feira (7) em um condomínio de luxo na Grande São Paulo. Abadía, um dos traficantes mais procurados pelos Estados Unidos, é apontado como chefe do Cartel Norte Del Valle, o maior cartel colombiano atualmente. O colombiano responde por mais de 300 assassinatos e foi preso em uma ação da PF, a Operação Farrapos, para o controle do tráfico de drogas. No local, a polícia apreendeu quase R$ 2 milhões em dinheiro, sendo US$ 544 mil, 250 mil euros e R$ 555 mil. A maior parte do dinheiro estava escondida em caixas de alto falante. O colombiano confessou à polícia que trouxe ao Brasil quase US$ 16 milhões em dinheiro.

No último dia 2, o governo norte-americano entregou ao Supremo um Pedido de Prisão para Extradição (PPE), autorizado por Grau no dia 3. O ministro espera agora que a Polícia Federal de São Paulo envie o inquérito contra Abadía e mais 13 presos para decidir o destino do traficante. A defesa do traficante ainda pode recorrer ao Supremo com um pedido de habeas corpus.

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