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Treze réus da Lava Jato vão passar a virada do ano presos na carceragem da Polícia Federal, em Curitiba. Entre eles estão executivos das empresas Camargo Corrêa, Galvão Engenharia, UTC, Engevix, OAS e Mendes Junior, o lobista Fernando Soares e o doleiro Alberto Youssef. Com exceção de Youssef, que está preso desde março deste ano, todos os réus estão na carceragem da Polícia Federal desde novembro, quando foi deflagrada a 7ª fase da operação.

O dia de visitas, que normalmente é às quartas-feiras, foi antecipado para essa terça-feira (30), já que amanhã não vai haver expediente na PF. Os parentes dos presos não puderam trazer alimentos ou bebidas alcoólicas durante as visitas.

A partir de fevereiro do ano que vem começam as audiências na Justiça Federal para oitivas das testemunhas de acusação das ações penais referentes às empreiteiras. O juiz federal Sérgio Moro acatou cinco denúncias envolvendo as empreiteiras Engevix, OAS, Galvão Engenharia, Mendes Junior, Camargo Correa, UTC e uma envolvendo a diretoria Internacional, controlada pelo ex-diretor Nestor Cerveró.

No ano que vem o MPF ainda deve apresentar denúncia contra o ex-diretor de serviços Renato Duque, preso na sétima fase da operação e solto depois de uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), em dezembro desse ano.

Entenda a Lava Jato

A Operação Lava Jato foi deflagrada em 17 de março pela Polícia Federal com o objetivo de desarticular uma quadrilha que atuava na lavagem de dinheiro, evasão de divisas, tráfico de drogas e superfaturamento em contratos com a Petrobras.

De acordo com depoimentos dos réus Alberto Youssef e Paulo Roberto Costa, ex-diretor de abastecimento da Petrobras, os contratos com a estatal eram superfaturados e as empresas pagavam propina no valor de até 3% do valor total dos contratos para as diretorias de abastecimento, internacional e de serviços. Cada diretoria era controlada por um partido político – PP, PMDB e PT, respectivamente – que usava o dinheiro da propina para fazer caixa dois.

Em novembro desse ano, a Polícia Federal deflagrou a sétima fase da operação, quando prendeu executivos de sete grandes empresas que mantêm contratos com a Petrobras. Foram cumpridos 27 mandados de prisão e entre os presos estavam o ex-diretor de serviços Renato Duque e o lobista Fernando Soares.

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