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A guerra entre o governador Requião e o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, teve mais um capítulo ontem. O ministro abriu fogo com uma nota questionando os dados divulgados pelo governador sobre a construção do ramal ferroviário. Requião alega que o petista teria superfaturado a obra, que custaria R$ 500 milhões, mas que ela sairia por R$ 150 milhões. A artilharia de Requião voltou ao ataque com uma nota divulgada pela agência de notícias do governo criticando uma nota oficial de Bernardo. Veja alguns trechos:

De Paulo Bernardo:

"(Requião) faltou com a verdade ao dizer que o governo federal iria repassar dinheiro para a ALL (America Latina Logística) construir a obra sem pagar, quando, na verdade, para todos que conhecem um projeto de PPP (parceria público-privada), trata-se da empresa fazer o investimento necessário, com o posterior ressarcimento pela União do valor investido ao longo de vários anos, descontado do valor da concessão."

De Requião:

"A minha indignação não se resumia ao preço absurdo da obra, mas também ao fato de que, pela engenharia financeira montada, a ALL deixaria de pagar pela concessão da antiga Rede Ferroviária Federal a quantia de R$ 52 milhões por ano, que seriam destinados a amortizar um empréstimo feito pelo BNDES, que pagaria a empreiteira construtora do tramo. Desta forma, além do superfaturamento, a ALL estaria recebendo de presente o trecho Guarapuava-Ipiranga."

Aliás...A troca de farpas entre Requião e Paulo Bernardo também está acirrada no Twitter. O governador posta mensagens e coloca links na internet para documentos questionanado a posição do petista. O ministro também usa o microblog para dar acesso à matérias da agência de notícias do governo que confirmam o valor da obra em cerca de R$ 500 milhões.

Segundas intenções

Na última escola de governo, dedicada a provar que o governo federal é um grande parceiro do Paraná, o Banco do Brasil foi citado como "emblemático exemplo" de repasses federais ao setor produtivo paranaense. Nem parece o mesmo banco que foi desancado pelo governador Requião na escolinha de 11 de novembro de 2008. O motivo: o Banco do Brasil e sua fundação previdenciária, a Previ são acionistas da empresa Neoenergia, que havia derrotado o consórcio Copel-Eletrosul na disputa pela concessão da usina de Baixo Iguaçu. Coincidência ou não, consta que Requião teria voltado a articular, com governo federal, BB e Previ, a entrada da Copel no projeto de Baixo Iguaçu – que dias atrás sofreu um revés e foi anulado pela Justiça Federal.

Mistério

O presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra, foi visto ontem entrando no gabinete do senador Osmar Dias (PDT), em Brasília. Na Assembleia Legislativa surgiram todo tipo de especulação, mas ninguém ficou sabendo. O presidente do PDT, deputado Augustinho Zucchi, avistou sinais de aproximação. "Se o PSDB conversa conosco é porque há possibilidade de aceitar que Osmar é o candidato e imaginamos que possa haver acordo para apoiar a candidatura dele".

Pinga-fogo

"Temos que pensar seriamente daqui pra frente em submeter tudo que formos votar ao plano de marketing da candidatura da ministra Dilma, para não passarmos o vexame de ter uma decisão soberana do Congresso ser anulada pelos seus subornados aqui do Parlamento."

Tasso Jereissati, senador (PSDB-CE), criticando a manobra da base aliada que conseguiu reverter na CCJ do Senado a convocação de Dilma Rousseff para falar sobre o plano de Direitos Humanos do governo.

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