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O candidato a presidente pelo PSDB, Geraldo Alckmin, mostrou-se nesta terça-feira que não se sentiu abalado pela troca de afagos entre o governador e candidato à reeleição em Minas Gerais, Aécio Neves, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que também tentará se reeleger. Depois de uma reunião de 15 minutos com Aécio e José Serra, que concorre ao governo de São Paulo, Alckmin disse acreditar que sua candidatura em Minas 'vai de vento em popa'.

- Se há um estado em que nossa campanha vai de vento em popa é Minas Gerais. Acho que ainda vai crescer muito, em razão da nossa afinidade e da minha origem mineira - disse Alckmin, que nasceu em Pindamonhangaba, no Vale do Paraíba, mas tem os avós mineiros.

No breve encontro, os três tucanos discutiram uma estratégia para políticas conjuntas entre Minas e São Paulo:

- É política café com leite do século 21 - afirmou Serra.

Alckmin foi perguntado sobre os constantes elogios de Aécio a Lula:

- Civilidade faz parte - disse, interrompido em seguida pelo governador de Minas.

- Se vocês quiserem agradar o Aécio, votem no Geraldo - afirmou Aécio.

Alckmin pode até estar exagerando em relação ao seu desempenho em Minas, mas em São Paulo sua ascensão é comprovada pelos números. O tucano aparece com 43% das intenções de voto no estado, 10 pontos percentuais na frente de Lula (33%), de acordo com pesquisa Ibope feita para o jornal 'O Estado de S.Paulo'.

Os tucanos acertaram políticas conjuntas entre os estados em cinco pontos. O primeiro deles é fazer com que os fundos de segurança pública e penitenciários não sejam contingenciados pelo governo federal. Os quatro outros são de intercâmbio e parceria entre os governos dos dois estados, como a integração de serviços de inteligência das polícias; descentralização de investimentos em transportes; troca de experiências bem-sucedidas (Minas adotou programa de redução de custo administrativo, São Paulo criou o Poupatempo, por exemplo); e atuação conjunta para a adoção de políticas de desenvolvimento para os estados.

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