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Fruet: ele tem a bênção do DEM. | Elton Bomfim/Ag. Câmara
Fruet: ele tem a bênção do DEM.| Foto: Elton Bomfim/Ag. Câmara

Brasília - O presidente nacional do PSDB, se­­­nador Sérgio Guerra, receberá na terça-feira um documento com ra­­­zões para que o partido não se co­­­­ligue com o PP nas eleições de outubro. O material foi preparado pelo deputado federal Luiz Carlos Hauly e conta com o apoio dos co­­­­legas tucanos Alfredo Kaefer, Gus­­­tavo Fruet e do senador Flávio Arns. O tex­­to pode servir para em­­­­basar uma reclamação formal à executiva da legenda.

"Vamos primeiro ponderar para depois vermos qual é a me­­­­lhor estratégia. A esperança de que essa aliança seja revertida é grande", disse Hauly. Na segunda-feira, as direções estaduais dos dois partidos anunciaram um acordo que inclui a indicação do deputado federal Ricardo Barros (PP) para o Senado e a formação de chapa nas eleições proporcionais. Barros, até 2009, era vice-líder do governo Lula na Câmara Federal.

A decisão frustra os interesses de Arns e Fruet, que querem se candidatar a senador. Também prejudicaria os tucanos que concorrerão a deputado estadual e federal. "A estimativa é de que o nosso último deputado eleito seja obrigado a fazer 20% a mais de votos para se eleger", afirmou Hauly.

Por outro lado, a união beneficia a candidatura a governador do ex-prefeito Beto Richa (PSDB), que terá 2 minutos e 40 segundos a mais de tempo de televisão no ho­­­rário eleitoral gratuito. A executiva estadual do PSDB aprovou a proposta por 14 votos a 4, mas a deci­­­­são ainda precisa ser aprovada em convenção. Além disso, pode ser revertida por decisão nacional.

Após dois dias de tentativas, Fruet conseguiu conversar ontem com Guerra. "Ele [Guerra] disse que há um projeto nacional que envolve a entrada do PP e do PTB na campanha de José Serra a presidente, mas que a definição da aliança no Paraná foi precipitada." Por enquanto, a tendência é de que o PP se mantenha neutro na disputa presidencial e libere as negociações nos estados. Fruet disse que mantém o interesse em disputar uma vaga no Senado, mas que só será candidato se contar com o apoio do partido. "Sem isso, não faz sentido se­­­guir adiante." Já Hauly declarou que a aliança com o PP será ruim para todos no PSDB.

"Vamos mostrar que não há como essa aliança prosperar em diversos aspectos, sejam políticos, éticos ou eleitorais." Além de o PP integrar a base de apoio ao governo Lula, o próprio Hauly teve embates pessoais com Barros e com o deputado estadual Antonio Belinati, para quem perdeu as eleições municipais de Londrina em 2008. Belinati não foi empossado por problemas com a Justiça e, no ano passado, Hauly perdeu um novo turno contra Barbosa Neto (PDT), que contou com o apoio do PP.

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