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Os deputados Otávio Leite (PSDB-RJ) e Vanderlei Macris (PSDB-SP) apresentaram agora à noite pedido de instalação da "CPI do Apagão Aéreo", no âmbito da Câmara. Os parlamentares tucanos afirmaram que conseguiram 236 assinaturas de deputados e que querem a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar as causas e os responsáveis pela "crise no sistema de tráfego aéreo brasileiro, chamada de apagão aéreo".

Segundo eles, o PT foi o único partido a não liberar assinaturas. Para instalar uma CPI, são necessárias pelo menos 171 assinaturas. Essa é o primeiro pedido de CPI protocolado em 2007. Por isso, os deputados acreditam que ela não enfrentará "fila" e será instalada em pouco tempo.

Mas isso, porém, depende do presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP). Se a Mesa da Casa autorizar a instalação da CPI, seu funcionamento dependerá ainda da iniciativa dos partidos políticos, que terão que indicar seus representantes na comissão. Muitas vezes, quando não há interesse político nas investigações, os líderes simplesmente não indicam os deputados ou ainda não é dado quórum para a realização das sessões.

Segundo a assessoria jurídica da Câmara, como se trata de uma nova legislatura, realmente essa é a primeira CPI a ser pedida. Mas os técnicos lembram que uma CPI, para ser instalada, precisa das 171 assinaturas e ainda ter "um fato determinado". Agora, caberá à área jurídica da Presidência da Câmara analisar se tem ou não fundamento o pedido.

No requerimento, os parlamentares argumentam que os problemas começaram a aparecer depois do acidente envolvendo um Boeing da Gol (vôo 1907) e um jato pilotados por dois americanos, no dia 29 de setembro de 2006, quando eles se chocaram em pleno vôo. Todos os passageiros do avião da Gol morreram.

Antes do Carnaval, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva trocou os comandantes militares, na tentativa de acabar principalmente com os problemas na Aeronáutica, que é responsável pelos controladores de vôos. Nos feriados do Natal e de Ano Novo, foi instalado o caos nos aeroportos brasileiros. No Comando da Aeronáutica, o escolhido foi o brigadeiro Juniti Saito, que toma posse nesta quarta-feira pela manhã e que substituiu Luiz Carlos Bueno, que saiu desgastado por conta de toda a crise.

- Queremos impulsionar a discussão para ocorreruma solução. A sociedade vem acompanhando atônita o que vem acontecendo. O problema saiu de um problema factual para um problema econômico - disse o deputado Otávio Leite (PSDB-RJ), vice-líder da minoria na Câmara.

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