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oposição

Tucanos unificam discurso pró-impeachment e sinalizam apoio a eventual governo Temer

Em encontro em São Paulo, cúpula do PSDB ainda sepultou tese de nova eleição presidencial

 | Jonathan Melo
(Foto: Jonathan Melo)

A três dias da votação do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff pela comissão especial na Câmara, a cúpula do PSDB se reuniu nesta sexta-feira (8) para unificar o discurso da oposição contra a petista e dar respaldo a um possível governo Michel Temer, hoje vice-presidente da República. No encontro, também ficou sepultada a tese de uma nova eleição presidencial.

Reunidos no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, os líderes tucanos fecharam questão em torno da interrupção do mandato de Dilma. Embora o PSDB seja autor da ação que pede a cassação da chapa Dilma-Temer no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), os caciques do partido definiram que o impeachment é o melhor caminho para abreviar a crise política e econômica que o país atravessa.

“O PSDB reafirma seu compromisso absoluto com a interrupção do mandato da presidente Dilma Rousseff pela via constitucional do impeachment, não por uma vontade daqueles que com ela disputaram a eleição, mas pela constatação de que ela, infelizmente, perdeu as condições mínimas de governar”, afirmou o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), que acabou derrotado pela petista nas eleições de 2014.

Embora tenha dado publicamente um recado a Temer, afirmando que “100% do PSDB apoia o afastamento da presidente da República” porque “o que está em jogo hoje não é o projeto do partido A ou B, é o país”, nos bastidores Aécio já deu garantias ao peemedebista de que os tucanos apoiarão seu futuro governo.

Além disso, selando apoio à “solução Temer”, os tucanos descartaram em definitivo a realização de novas eleições gerais. Secretário-geral do partido, o deputado Silvio Torres (SP) disse que a ideia é “absurda” e que não há a “menor chance” de ela ocorrer.

Participaram da reunião comandada pelo governador Geraldo Alckmin (SP), além de Aécio, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, os senadores José Serra (SP) e Aloysio Nunes Ferreira (SP), e os governadores Beto Richa, do Paraná, e Pedro Taques, de Mato Grosso.

No encontro, ficou definido que eles trabalharão para que os deputados da oposição em seus estados votem a favor do impeachment.

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