O presidente estadual do PMDB, Waldyr Pugliesi (foto acima), vai "puxar as orelhas" dos quatro deputados do partido que assinaram o pedido de CPI do IAP proposto pela oposição. O recado é do líder do governo, Luiz Cláudio Romanelli (PMDB), que também não gostou da postura dos aliados, inclusive dos petistas Péricles Mello e José Lemos. "Vamos pedir para o Péricles definir se é governo ou oposição. Esse comportamento do líder do PT não condiz com aliado", disparou Romanelli. No caso de Lemos, o tratamento já é como adversário desde que o deputado começou a criticar o governo. Entre os 19 deputados que estão na lista negra do governo e que assinaram o requerimento da CPI, estão os peemedebistas Cleiton Kielse, Dobrandino Gustavo da Silva, Edson Luiz Strapasson e Reinhold Stephanes Junior.
Conversa afiada
A vereadora curitibana Renata Bueno (PPS) criou um mal estar na Câmara Municipal ao cobrar a apresentação de bons programas e sem o risco de serem inconstitucionais de seus colegas.
Como está o clima na Câmara depois de suas críticas?
O clima é bom. Na verdade, as críticas que eu fiz são a realidade do nosso dia a dia. Esse é um problema do Legislativo em geral e não apenas da Câmara de Curitiba. Falei aos colegas que minha preocupação é com a Casa, com todos os vereadores, e não só com o meu mandato. Claro que alguns parlamentares não concordaram, mas a boa relação sempre tem de prevalecer.
Então, a hostilidade à senhora se restringiu aos discursos em plenário?
Nos bastidores não foi bem assim. A tribuna é o lugar para se defender ideologias políticas. Mas quando descemos de lá, temos uma conversa amistosa e a relação é sempre a mesma. Até porque, as polêmicas ocorrem diariamente, e não sobreviveríamos só com transtornos e debates.
Os vereadores de primeiro mandato enfrentam resistência?
Muitos dos vereadores acham que é bom vir parlamentares com vontade de mudança. Muitos elogiam os novos que chegam com essa nova dinâmica. Estamos tentando fazer alguma coisa, mas tudo depende da corporação. Não adianta ter apenas alguns inovadores.
De olho na Copa
A partir de15 de dezembro será possível acompanhar pela internet as informações sobre a aplicação dos recursos públicos destinados à realização da Copa do Mundo de 2014. A promessa é dos integrantes da Rede de Fiscalização das despesas da Copa do Mundo de Futebol, composta por parlamentares e tribunais de contas. Eles prometem que o site também terá um link para o acompanhamento dos gastos com as obras para os Jogos Olímpicos de 2016, que acontecerá no Rio de Janeiro. O grupo, porém, ainda não divulgou o endereço eletrônico da página de fiscalização.
Padrão
Os imóveis funcionais do Senado e o mobiliário serão padronizados para racionalizar os gastos com manutenção. A medida foi anunciada na semana passada pelo senador Mão Santa (PSC-PI), terceiro secretário da Casa. Ele informou que será construído um apartamento piloto, que servirá de base para reformas futuras. Na tentativa de reduzir as despesas com obras, o terceiro secretário também limitou os gastos com reforma em R$ 30 mil.
Melhor intenção
O presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer (PMDB-SP), defendeu a sua iniciativa de colocar na pauta de votação da Casa a proposta que estende o reajuste do mínimo a todas as aposentadorias e rendeu uma tremenda dor de cabeça à base governista. "O fato de eu ter levado o projeto ao plenário da Câmara apressou o entendimento. Meu objetivo efetivamente foi esse. Portanto, vejam como foi útil levar a matéria ao Plenário da Câmara", afirmou Temer. Resta saber se o governo também entendeu assim.
"Acho que eu também estou precisando de uma Meta 2."
Do corregedor nacional de Justiça, ministro Gilson Dipp, fazendo brincadeira com ele próprio, por estar com julgamentos de processos atrasados, à semelhança do Judiciário brasileiro. Para agilizar os trabalhos dos tribunais, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) instituiu a Meta 2. Dipp precisa fazer o relatório de inspeção de cinco tribunais antes de entregar o material sobre o Paraná, que nesta semana recebeu a visita do CNJ.
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