Considerado um dos indicadores da presença da militância política no estado, o número de filiados paranaenses nos partidos políticos cresceu desde 2012, quando foram realizadas as eleições municipais. Eram 968.587 filiados em maio daquele ano, e agora são 971.803 eleitores que estão ligados a alguma sigla, de acordo com levantamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O total de eleitores no estado é de 7.799.272. Cerca de 12% dos cidadãos cadastrados para votar ou aproximadamente um em cada 8 eleitores têm ligação direta com os partidos, o que deve ser traduzido em votos. Os filiados costumam trabalhar em prol daqueles candidatos indicados pela legenda ou pelas lideranças regionais, principalmente nos municípios que são base de deputado estadual ou federal.
O estado supera a média nacional de filiados com relação aos eleitores: em todo o Brasil, são 141.699.132 eleitores e, destes, 15.329.230 estão filiados a algum partido. Isso representa cerca de 9% dos votantes.
Representação
No Paraná, há representantes filiados aos 32 partidos que atualmente estão cadastrados no TSE. A legenda que concentra o maior número de eleitores é o PMDB, com quase 190 mil adeptos; e o que possui o menor número de filiados é o PCO, que tem apenas oito militantes, todos em Curitiba.
Seis partidos concentram 60% dos 971.803 eleitores paranaenses filiados a siglas partidárias. PMDB, PP, PSDB, PT, PDT e DEM lideram na quantidade de filiados. De acordo com o cientista político da UEL, Mário Sérgio Lepre, essas siglas têm tradição no estado. "São os partidos maiores, mais antigos, que construíram uma grande rede e fizeram a manutenção disso. Também são as siglas que têm as lideranças mais fortes no interior", comenta. Além disso, são os grupos que sempre estão na disputa política paranaense.
O PMDB e o PSDB estão organizados em todos os municípios paranaenses e possuem filiados em todas as cidades. Por outro lado, Cafeara é a cidade com menos diretórios, conta com oito siglas organizadas. O PCO só está organizado em Curitiba.
O número de filiados a partidos políticos é um dos ingredientes que devem ser levados em conta na eleição, mas nem sempre a relação entre adeptos do partido e número de votos se efetiva. "A tendência é que acabe se transformando em voto, mas isso não é certeiro. Essa militância não tem um puro interesse ideológico, mas está ligada aos partidos por ser cabo eleitoral ou por ter alguma ligação pessoal com o prefeito ou com o deputado daquela região", explica.
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