Um industrial socialista

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Os partidos políticos são verdadeiras colchas de retalhos, para usar um termo de tempos antigos. As siglas deixam de lado o significado do nome da legenda, as cartas de princípios e até a história da agremiação em busca de poder. Vale tudo para tentar se manter no comando de uma prefeitura, de um estado e até do país ou aumentar o número de cadeiras nos parlamentos municipais, estaduais e federais. Na última semana para mudança ou filiação a um partido, o que vimos foram algumas incongruências. Uma das que mais chamou a atenção foi a filiação do presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, a poderosa Fiesp, Paulo Skaf, no Partido Socialista Brasileiro. Este é apenas um exemplo de que a política partidária feita no Brasil não é séria.

Conversa profunda

Veja a conversa travada nos corredores da Câmara de Curitiba entre os vereadores Pedro Paulo (PT) e Professor Galdino (sem partido):

Pedro Paulo: "Quer dizer que você estava verde (foi expulso do PV) e agora amarelou (assina hoje a filiação ao PSDB)".

Galdino: "Não, agora estou maduro".

Ficou para hoje

O STF deixou para hoje análise da liminar concedida pelo ministro Eros Grau que suspendeu os julgamentos de cassação de mandatos de governadores e senadores no TSE.

CPI

A senadora Serys Slhessarenko (PT-MT) leu ontem, em sessão plenária do Congresso Nacional, o requerimento de criação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investigará repasse de recursos públicos ao MST.

Mais dinheiro

O Congresso Nacional aprovou ontem um crédito extraordinário de R$ 1 bilhão para reforçar os caixas dos 5.564 prefeitos por causa das perdas com as isenções fiscais concedidas pelo governo para combater a crise financeira internacional. A verba estava prevista na Medida Provisória 462 de 2009 e prevê o repasse para o Fundo de Participação dos Municípios.

Orgulhosos

O público que acompanhou a audiência pública para discutir o reajuste das custas judiciais e extrajudiciais na Assembleia se limitou a poucas dezenas de cartorários e de advogados. A falta de participação popular e de instituições de defesa ao consumidor foi compensada pela presença maciça dos deputados. Grande parte dos 54 parlamentares acompanhou a discussão, que durou quase duas horas e meia. "Nunca tivemos um número tão grande de deputados prestigiando uma audiência pública", observou Durval Amaral (DEM), que presidiu a sessão, por ser presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Ele destacou que a Assembleia fez muito bem seu papel ao "abrir suas portas" à população. Vários deputados que se manifestaram ontem ressaltaram que o Legislativo é o único poder que debate abertamente com a sociedade.

Pinga-fogo

"Desse jeito teremos de chamar o Pelé e o Dunga. Juntos, talvez, eles ajudem a adiar a Copa de 2014 mais para frente."

Do ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, que em tom de brincadeira, reclamou da recomendação do TCU para paralisar 41 obras do governo federal suspeitas de irregularidades.