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Sem justificativa

Confira quais foram os paranaenses que mais faltaram às sessões da Câmara, em fevereiro, sem justificar a ausência:

3 faltas

Alfredo Kaefer (PSDB)

2 faltas

Abelardo Lupion (DEM), Affonso Camargo (PSDB), Hermes Parcianello (PMDB) e Rodrigo Rocha Loures (PMDB)

1 falta

Airton Roveda (PR), Angelo Vanhoni (PT), Assis do Couto (PT), Cezar Silvestri (PPS), Fernando Giacobo (PR), Luiz Carlos Hauly (PSDB), Odílio Balbinotti (PMDB), Osmar Serraglio (PMDB), Ratinho Júnior (PSC) e Ricardo Barros (PP)

  • Ratinho Júnior.
  • Marcelo Almeida: mais vereadores? Tô fora.
  • Baixa adesão

A adesão ao recém-criado movimento anticorrupção no Congresso Nacional é tímida na bancada federal paranaense. Apenas três parlamentares do estado integram o grupo oficialmente, enquanto outros 11 afirmam que ainda pretendem participar. Treze dizem que não querem fazer parte. E dois estão indecisos.

A Gazeta do Povo procurou na semana que passou os 33 parlamentares federais do estado. Conseguiu ouvir 27 dos 30 deputados federais e os senadores Osmar Dias (PDT) e Alvaro Dias (PSDB) sobre o assunto (confira o resultado na tabela ao lado). A maioria disse não ter sido convidada para compor o grupo. "Não se trata de ser personalista, de julgar os bons contra os maus, mas de simplesmente debater ideias para conter esse mal que é a corrupção. E nisso todo mundo pode colaborar", afirmou o deputado federal Marcelo Almeida (PMDB), um dos que aderiram ao movimento.

Almeida, Ratinho Júnior (PSC) e Gustavo Fruet (PSDB) foram os únicos que participaram dos encontros realizados até agora pelo movimento, que já reúne cerca de 40 congressistas. A mobilização começou após as denúncias de corrupção feitas pelo senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), que atacou o clientelismo generalizado da política brasileira e o próprio partido, pela cobrança de cargos no governo federal.

Na última terça-feira, 15 participantes do grupo encontraram-se com o presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer (PMDB-SP), para pedir prioridade na votação de propostas que auxiliem no combate à corrupção. Os temas considerados mais importantes por eles são o fim do voto secreto no Congresso Nacional e do foro privilegiado para autoridades.

Após reuniões, o movimento decidiu não se organizar como uma frente parlamentar e passou a adotar como tema uma atitude "pró-transparência" em vez de "anticorrupção". Eles também estabeleceram que o debate sobre a divulgação dos gastos em todas as esferas do poder público deve ser levado aos estados e municípios.

Nos próximos dias, os três integrantes paranaenses do movimento devem realizar novos encontros para discutir propostas para dar transparência à Assembleia Legislativa do Paraná e à Câmara Municipal de Curitiba. O interesse provocou reações negativas nas duas Casas. Parte dos deputados estaduais e dos vereadores curitibanos disseram que os parlamentares federais não têm nada a acrescentar no cotidiano deles.

Demagogia

As críticas ao movimento anticorrupção partem principalmente de parlamentares governistas. Nenhum dos quatro deputados federais do PT paranaense pretende integrar o grupo. "Não vou ser pautado por denúncias do Jarbas Vasconcelos. O combate à corrupção eu faço no meu dia-a-dia", justificou André Vargas (PT).

Doutor Rosinha (PT) disse que não é contra qualquer mobilização do gênero, mas destacou que já participa da Frente Parlamentar de Combate à Corrupção, formada em 2004 e que tem cerca de 100 membros. A explicação foi a mesma de Osmar Serraglio (PMDB). "Aderir à outra frente agora seria como participar só dos metros finais de uma maratona e se achar um vencedor. Temos de fortalecer o que já está sendo feito", afirmou o peemedebista.

A maioria dos paranaenses – mesmo os que manifestaram desejo de participar do movimento – teme que o grupo esteja mais interessado em política do que no combate à corrupção. "Trata-se de uma demagogia. Não é uma frente que resolverá o problema, mas sim penalidades rápidas e eficientes", declarou Nélson Meurer (PP).

Outros parlamentares do Paraná criticaram a postura de alguns deputados vistos como coordenadores do movimento, em especial o deputado Fernando Gabeira (PV-RJ). Ninguém admitiu a possibilidade de ficar em segundo plano ou de estar submetido a lideranças. "A criação da frente é muito boa, desde que não haja uma fogueira de vaidades entre os participantes", disse Ricardo Barros (PP).

Entre toda a bancada federal do Paraná, não foram localizados para serem ouvidos os deputados Barbosa Neto (PDT), Hidekazu Takayama (PSC), Hermes Parcianello (PMDB) e o senador Flávio Arns (PT). A reportagem tentou falar com eles entre quinta-feira e sexta-feira da semana passada.

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