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Dilma quer enterrar o movimento “Volta Lula” ; Aécio Neves acentua as críticas ao governo federal ; Eduardo Campos busca se diferenciar de Aécio | RIcardo Stuckert/ Instituto Lula ; Orlado Brito/Obritonews ; Domingos Peixoto/ agência o Globo
Dilma quer enterrar o movimento “Volta Lula” ; Aécio Neves acentua as críticas ao governo federal ; Eduardo Campos busca se diferenciar de Aécio| Foto: RIcardo Stuckert/ Instituto Lula ; Orlado Brito/Obritonews ; Domingos Peixoto/ agência o Globo

PRÓXIMOS CAPÍTULOS

Veja o que deve movimentar a agenda dos presidenciáveis nesse mês de maio:

• Subindo o tom

Em um dos spots do programa partidário de televisão e rádio do PT gravado para ser exibido hoje, o locutor menciona Aécio e Campos de forma implícita. A candidatura do tucano é citada como "um passo para trás" e a do candidato do PSB é mostrada como "um salto no escuro". O spot tenta colocar o discurso da mudança a favor de Dilma, destacando os 12 anos de governo do PT como mudanças para melhor.

• PT contra a imprensa

Documento elaborado pelo PT com a estratégia para as eleições faz duras críticas à imprensa. O documento qualifica os jornais como "mídia monopolizada, que funciona como verdadeiro partido de oposição". Na mesma linha, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez críticas à imprensa na semana passada, dizendo que as críticas aos governos petistas eram culpa de um "preconceito arraigado na mente de uma elite que não muda".

• Críticas internacionais

A imprensa internacional tem feito seguidas críticas ao governo Dilma. Na semana passada, o jornal britânico Financial Times classificou o aumento do Bolsa Família como "populista". Ontem, o mesmo jornal considerou que Dilma "parece [Angela] Merkel, mas entrega como os Irmãos Marx". Declarações desse tipo devem servir como combustível na mão da oposição e do próprio governo – que pode usar essas reportagens para criar uma situação de "nós contra eles".

• CPI da Petrobras

Esta semana promete ser decisiva para o futuro da CPI da Petrobras no Congresso. Uma reunião de líderes será realizada hoje para definir o formato da comissão. A exposição do governo nas investigações pode ter impacto na corrida eleitoral. Logo, o PT busca dificultar os trabalhos dos deputados, enquanto os partidos de oposição veem na comissão trunfos para quando a campanha de verdade começar, e buscam viabilizar as investigações.

• Lava Jato

Outro flanco de ataque ao governo federal, por parte da oposição, é o envolvimento de petistas com personagens da Operação Lava Jato da Polícia Federal. Entre eles está o deputado federal André Vargas (sem partido), que sofre um processo de cassação no Conselho de Ética da Câmara por envolvimento com o doleiro Alberto Youssef. Mesmo após sua saída do PT, as denúncias podem atrapalhar a campanha de Dilma.

Fonte: Da Redação, com Agência Estado.

Ideário

PSB de Campos discute alterações em estatuto

Agência Estado

O ex-governador Eduardo Campos (PE) assumiu ontem a possibilidade de o PSB fazer um debate para alteração do estatuto do partido, que defende ideário socialista com restrições à propriedade privada dos meios de produção. "O partido já estava fazendo, a nosso pedido, um debate sobre a reforma do estatuto. Estamos preparando um programa de governo que tem claros compromissos com a ordem econômica que está aí, com a estabilização da economia", disse Campos. Mas o pernambucano, que preside o PSB, salientou que tem uma posição "de respeito a um documento histórico do partido", feito em 1947, e que a questão é "forçada de barra".

O feriado de 1.º de maio pode ser considerado um marco na corrida presidencial deste ano. Desde então, Dilma Rousseff (PT), Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB) deixaram suas estratégias mais claras e deram passos importantes para a solidificação de suas posições. Consequentemente, a temperatura da campanha subiu alguns graus.

Os três principais pré­candidatos têm tentado adequar o discurso à realidade eleitoral e intensificar a agenda de atividades. A presidente anunciou um pacote de bondades e viu o PT "enterrar" o movimento "Volta Lula". Já Aécio acentuou as críticas ao governo federal e buscou uma aproximação de Campos, que, por sua vez, iniciou um movimento para tentar se diferenciar do colega de oposição.

Nos próximos dias, esses processos devem se intensificar. O programa partidário de televisão e rádio do PT, que irá ao ar hoje, trará críticas pesadas contra os dois principais adversários do partido. Já o PSDB por sua vez entrou com uma representação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra Dilma por suposta campanha antecipada, por suas declarações no 1.º de maio em rede nacional de rádio e TV.

O cientista político da UFPR Fabrício Tomio avalia que 2014 está sendo um ano atípico. De acordo com ele, o volume de manifestações dos candidatos neste período do ano é maior do que em eleições anteriores. Para Tomio, como todos os olhos estarão voltados para a Copa do Mundo nos próximos meses, tanto os candidatos quanto a própria imprensa têm aproveitado este momento para dar visibilidade às eleições. Entretanto, isso tem pouco efeito no eleitorado.

Campanhas sólidas

Segundo o cientista político da PUCPR Mário Sérgio Lepre, as três pré-candidaturas já mostram a linha que seguirão ao longo da campanha. Dilma deve defender os 12 anos de PT e uma concepção de Estado voltado para a igualdade social, enquanto Aécio adota um discurso de crescimento econômico a partir da redução da participação estatal. Já Campos busca conciliar insatisfações da população com a gestão do Estado e a aprovação das políticas públicas realizadas pelo governo Lula.

Entretanto, o contexto político ainda é imprevisível. O sucesso ou fracasso da Copa do Mundo, por exemplo, deve ter um grande peso na campanha, na avaliação de Lepre. Outras questões contextuais, como a CPI da Petrobras, também podem pesar na hora de o eleitor decidir o voto. Logo, esse mês de maio pode dar boas pistas sobre o tom da campanha, mas não sobre seu resultado.

PSDB e DEM pedem punição a Dilma por pronunciamento

Agência Estado

O PSDB e o DEM pediram ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que puna a presidente Dilma Rousseff por supostamente ter feito propaganda eleitoral antecipada no pronunciamento da semana passada sobre o Dia do Trabalho. De acordo com o PSDB, Dilma convocou cadeia de rádio e TV em horário nobre para fazer proselitismo de seu governo e dela própria e para divulgar a candidatura à reeleição. Na manifestação, a presidente anunciou o reajuste do Bolsa Família e a correção da tabela do Imposto de Renda (IR).

Conforme o partido, a presidente usou um espaço pago pelo erário para atacar seus adversários e passar a mensagem de que seria mais apta para exercer o mandato do que seus concorrentes.

O PSDB sustenta que Dilma ultrapassou os limites estabelecidos pela legislação. O partido quer que o TSE fixe uma multa por propaganda antecipada que, pela legislação, pode ser de R$ 5 mil a R$ 25 mil.

Democratas

A representação do De­mocratas (DEM) foi protocolada no início da noite de ontem. Em pronunciamento feito na tribuna do Senado, o líder José Agripino (RN) afirmou que o partido também acionará o Ministério Público Federal por acreditar que houve ato de improbidade administrativa.

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