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Os candidatos

André Vargas (PT)

• Currículo: Deputado federal no primeiro mandato. É o atual presidente estadual do PT. Foi vereador de Londrina e deputado estadual.

• Trunfo: É novidade na disputa e tem apoio do governo federal:

• Dificuldade: O desgaste da administração Nédson.

Alex Canziani (PTB)

• Currículo: Deputado federal no terceiro mandato consecutivo. Foi vice-prefeito da gestão Belinati.

• Trunfo: Rouba votos de Belinati, e tem eleitorado cativo.

• Dificuldade: É azarão. Foi o quinto entre sete candidatos na última eleição para prefeito.

Antônio Belinati (PP)

• Currículo: Deputado estadual no primeiro mandato. Foi prefeito de Londrina três vezes . Tem vários problemas na Justiça com denúncias diversas.

• Trunfo: É imbatível na periferia.

• Dificuldade: A vasta lista de escândalos políticos.

Barbosa Neto (PDT)

• Currículo: Deputado federal no primeiro mandato. Foi deputado estadual e disputou duas vezes a prefeitura de Londrina.

• Trunfo: É bom de voto, querido na periferia.

• Dificuldade: É o mais jovem de todos.

Luiz Carlos Hauly (PSDB)

• Currículo: Deputado federal no quinto mandato. Foi prefeito de Cambé (1983–1987) e secretário de Fazenda do Paraná.

• Trunfo: Por ser do PSDB, pode arrebanhar os votos dos descontentes com a administração petista.

• Dificuldade: O histórico perdedor nas últimas três eleições na cidade.

Luiz Eduardo Cheida (PMDB)

Currículo: Deputado estadual na primeira legislatura. Foi prefeito de Londrina (1993–1996), candidato derrotado em 2000 e secretário estadual do Meio Ambiente (2003–2006).

• Trunfo: O apoio do governo do estado.

• Dificuldade: Já foi prefeito e por isso carrega rejeição.

Brasília – A corrida pela prefeitura de Londrina já começou e a largada foi bem distante do Norte paranaense. Os palcos da disputa até agora são o Congresso Nacional, em Brasília, e a Assembléia Legislativa, em Curitiba. Quatro deputados federais e dois estaduais abrem terreno para o que deve ser uma das eleições mais acirradas do estado em 2008.

Entre os estaduais, estão os únicos que já ganharam. Antônio Belinati (PP) foi prefeito por três vezes e Luiz Eduardo Cheida (PMDB) por uma. Desde 2000, entretanto, ambos tentam mas não conseguem recuperar o cargo.

Entre os federais, apenas André Vargas (PT) ainda não concorreu ao posto. Barbosa Neto (PDT) tentou duas vezes e o máximo que conseguiu foi chegar ao segundo turno, em 2000. Luiz Carlos Hauly (PSDB) perdeu nas três vezes que disputou e Alex Canziani (PTB), que já foi vice-prefeito e prefeito interino, não chegou aos 2% dos votos válidos em 2004.

Com 500 mil habitantes, o município é o segundo mais importante do Paraná e o terceiro do Sul do Brasil. É influente economicamente inclusive no interior paulista e, apesar da vocação agrícola, é sede de indústrias importantes como a Atlas-Schindler, de elevadores, e a Hexal, de produtos farmacêuticos.

Mesmo assim, a situação administrativa não é das melhores. A arrecadação é apenas a quinta maior do estado e permanece estagnada, o que não permite a ampliação de novos investimentos. Os bolsões de miséria crescem, assim como os problemas de segurança pública.

Somando prós e contras de administrar Londrina, ainda há o peso da pulverização das forças políticas. Os dois principais blocos, o petista e o de Belinati, permanecem fortes, mas estão desgastados. Ambos possuem altos índices de rejeição e teriam dificuldades numa disputa de segundo turno contra qualquer rival. Por último, existe a influência velada do PP do ex-deputado federal José Janene, que pode desequilibrar qualquer eleição na região.

"Em Londrina, toda eleição é um 'Atletiba'. Cada candidato tem o seu perfil de eleitor, a briga é voto a voto", compara Barbosa Neto. Aos 41 anos, ele é o mais novo entre os deputados federais que entram na briga. Em 2000, ele passou perto, quando foi para o segundo turno contra o atual prefeito Nédson Micheleti (PT). O pedetista, no entanto, leva a desvantagem de concorrer no mesmo nicho de eleitores de Belinati.

André Vargas, o candidato petista, espera surpreender. A arma será mostrar as obras que o governo federal está fazendo em Londrina e que poderiam ser ampliadas, caso ele seja eleito. "Posso ser portador dessa nova concepção de administrar e continuar afinando uma sintonia que está dando certo. É só ver as obras como o Teatro Municipal, o porto seco, o câmpus da Universidade Tecnológica do Paraná", afirma.

Do outro lado da bancada federal, Hauly e Canziani partem para o ataque contra a administração de Micheleti. "Depois desses anos todos de revezamento entre o grupo do Belinati e o PT, Londrina perdeu a sua pujança. É só ver que estamos prestes a perder para Joinville o posto de terceira principal cidade do Sul", diz Hauly.

Canziani é ainda mais ácido. Segundo ele, os petistas não conseguiram erguer a cidade nem com o apoio do presidente Lula ou do ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, que é do município. "O que o Nédson está fazendo é uma lástima. Infelizmente é uma grande oportunidade que passa e não é aproveitada", afirma o petebista.

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