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O Congresso enfrenta uma semana de agenda cheia. As atenções na Câmara estarão voltadas pricipalmente para a situação do presidente da Casa, Severino Cavalcanti, mas os trabalhos das CPIs e a votação da cassação do deputado federal Roberto Jefferson não deverão sair do foco.

O plenário da Câmara vota, na quarta-feira, o processo contra o deputado petebista, acusado de participação no escândalo do mensalão. Na sessão, Jefferson poderá ter seu mandato cassado. O pedido de cassação do ex-chefe da Casa Civil e deputado José Dirceu também entra na pauta do dia com o Conselho de Ética ouvindo, terça-feira e quarta-feira, as testemunhas do ex-ministro.

Após uma semana de recesso, as CPIs retomam os depoimentos. Os mais aguardados são os do ex-presidente do PT José Genoino, na CPI do Mensalão, e o do ex-ministro Luiz Gushiken, na CPI dos Correios.

A CPI do Mensalão marcou para terça-feira, a partir das 11h30m, o depoimento de Genoino. Os deputados e senadores querem ouvi-lo sobre os empréstimos de R$ 55 milhões feitos pelo partido pelo ex-tesoureiro Delúbio Soares. Os contratos bancários tinham a sua assinatura e foram avalizados pelo empresário Marcos Valério.

José Genoino tem outro depoimento agendado: quinta-feira, no Conselho de Ética da Câmara, como testemunha de defesa do deputado José Dirceu. O Conselho de Ética também vai ouvir no mesmo processo, os ex-ministros e deputados Aldo Rebelo (terça-feira), Eduardo Campos (também na terça, depois de Rebelo), o jornalista Fernando Morais (na quarta-feira).

Ainda na terça-feira, a subcomissão do sistema financeiro da CPI dos Correios vai tomar o depoimento da presidente do Banco Rural, Katia Rabelo, e de dirigentes da instituição. No mesmo dia, a subrelatoria de Contratos ouvirá dirigentes da empresa Skymaster, que presta serviços aos Correios, e da empresa de informática Novadata, Mauro Dutra. No dia seguinte, deverá ser apresentado o segundo relatório parcial da CPI dos Correios.

A terça-feira não será só de depoimentos. A Mesa Diretora da Câmara vai analisar, em reunião marcada nesse dia, as 18 representações contra deputados envolvidos no escândalo enviadas pelas CPIs dos Correios e do Mensalão.

Na quarta, também na CPI dos Correios, será ouvido no plenário o secretário do Núcleo de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, Luiz Gushiken. Ele é acusado de influir nas decisões dos fundos de pensão.

Também na quarta-feira, mas na CPI do Mensalão, será a vez de João Cláudio Genu, ex-assessor do PP, explicar os saques feitos na agência do Banco Rural de Brasília. Segundo ele, o dinheiro sacado era entregue ao líder do partido na Câmara, José Janene, e ao presidente do PP, Pedro Corrêa. A lista entregue por Marcos Valério à CPI cita Genu como sacador de R$ 4,1 milhões na agência do Banco Rural em Brasília.

Já a CPI dos Bingos, que investiga a relação das casas de jogos com o crime organizado, deve votar, nesta semana, requerimento do senador Geraldo Mesquita Jr. (PSOL-AC) que convoca o ministro da Fazenda, Antônio Palocci. Os senadores investigam as denúncias de Rogério Buratti, ex-assessor de Palocci na prefeitura de Ribeirão Preto, que acusa o ministro de receber comissão de uma empreiteira, quando era prefeito, num esquema para favorecer o PT. O presidente da CPI, Efraim Moraes (PFL-PB), já disse que vai pôr em votação o requerimento de convocação de Palocci.

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