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"São itens vencidos."

Do procurador-geral do estado, Sérgio Botto de Lacerda, descartando a possibilidade de intervenção federal no Porto de Paranaguá, referindo-se ao "rosário de irregularidades" encontrado pelo Tribunal de Contas da União na administração portuária.

Outra eleição disputada, com possibilidade de dar segundo turno, será realizada dia 15. Cento e dezenove desembargadores vão escolher o novo presidente do Tribunal de Justiça do estado, em substituição a Tadeu Marino Loyola.

Três candidatos estão em campanha – e aqui o termo campanha assume suas mais fortes conotações, nunca vistas antes no Judiciário paranaense. São eles os magistrados de carreira José Vidal, Celso Rotoli de Macedo e Ruy Fernando de Oliveira.

Quem obtiver a maioria absoluta dos votos, isto é, metade mais um, ganha a eleição em primeiro turno. Se nenhum dos três, porém, alcançar esse índice mínimo (no caso, 60 votos), haverá segundo turno entre os dois primeiros colocados. No mesmo dia.

Difícil prever o resultado, já que, literalmente, há "em cada cabeça uma sentença". Cada candidato representa as três correntes em que, difusa e discretamente, se dividem os 120 desembargadores. O desembargador José Vidal, por exemplo, é apoiado pelo ex-presidente Oto Sponholz, de quem, aliás, foi vice. Sponholz é tido como um articulador com um bom poder de fogo para atrair votos para Vidal.

O desembargador Celso Rotoli de Macedo opera em confronto direto contra Vidal, mas tem esperanças de vencê-lo. Conta a seu favor com o prestígio que angariou ao conduzir a sindicância que apurou fortes suspeitas de superfaturamento na construção do edifício-anexo – obra realizada justamente na gestão de Sponholz.

Já o desembargador Ruy Fernando de Oliveira representa o grupo dos chamados "independentes", isto é, dos desembargadores não alinhados à tradicional estrutura de poder predominante no TJ. Se conseguir ficar entre os dois mais votados, tem boa chance de ser eleito, pois qualquer que seja o perdedor, o grupo deste tenderá a descarregar seus votos em Oliveira.

Difícil de entender

A notícia de que custaram R$ 17 milhões as obras de reforma e ampliação da nova sede da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), junto ao portão de entrada no Porto de Paranaguá, gerou perplexidade entre pessoas acostumadas a lidar com preços de obras civis. Uma delas compara esta obra com a da reconstrução do "esqueleto" do Centro Cívico. Embora muito maior e muito mais complexa, custou R$ 21 milhões. Já o Hospital Regional de Ponta Grossa, com área construída de 13.523,97 m2,150 leitos, (30 de UTI) e um pronto-socorro para atender traumas, urgências e emergências clínicas, está orçado em R$ 15 milhões. É difícil de entender.

Olho vivo

Procura-se 1 – O procurador-geral do estado, Sérgio Botto de Lacerda, foi rápido ao fazer veicular ontem na Agência Estadual de Notícias uma destemperada contestação a uma notícia publicada terça-feira nesta coluna. Demorou apenas dois dias! Já para a Assembléia Legislativa, especificamente para o deputado Edson Praczyk, que pede a ele informações sobre a compra de um haras em Almirante Tamandaré, deixou transcorrer 372 dias sem resposta.

Procura-se 2 – A coluna apenas noticiou que a Assembléia insiste com o procurador para que preste as informações requeridas oficialmente em 30 de novembro de 2005. Noticiou também que a própria Assembléia lembrou que a Constituição Estadual diz que comete crime de responsabilidade o servidor que não atender o pedido em 30 dias. Na carta em que atacou o colunista, o procurador não informa quando pretende cumprir seu dever.

Falta um – Só um dos atuais 120 desembargadores deixará de votar na eleição do novo presidente do TJ, dia 15. É Milani de Moura, que se aposenta compulsoriamente apenas três dias antes do pleito. Como ainda não há substituto para ocupar a vaga, o colégio eleitoral fica reduzido para 119. Outra curiosidade: pela primeira vez na história das eleições do TJ, o votação será em urna eletrônica e não mais em cédula de papel.

Sem data – O cerimonial da Casa Civil da Presidência da República informa que não há nenhuma viagem da ministra Dilma Roussef ao Paraná prevista em sua (já lotada) agenda para este mês. Sua suposta vinda ao estado foi anunciada por Roberto Requião logo após a audiência que teve com Lula no início de novembro, em Brasília. Ela viria na semana seguinte, para ficar três dias. Depois, passou-se a divulgar que viria em dezembro. A Casa Civil, no entanto, nada confirma.

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