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Mantega: Paraná deve ficar numa segunda leva | Paulo Whitaker/Reuters
Mantega: Paraná deve ficar numa segunda leva| Foto: Paulo Whitaker/Reuters

Em mais uma tentativa de impulsionar o nível de investimento do país, o governo federal anunciou ontem o aumento na capacidade de endividamento de 17 estados no valor de R$ 42,2 bilhões. De acordo com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, a ampliação tem como objetivo permitir que os estados façam novos empréstimos para aumentar os investimentos e contribuir para a recuperação da atividade econômica.

O Paraná não está entre os beneficiados com a medida. Segundo Mantega, o estado está tendo suas contas avaliadas para verificar a possibilidade de ampliação do seu limite de endividamento, o que deve ser anunciado ainda neste ano. Além do Paraná, Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul estão na mesma situação.

Mantega disse que o espaço fiscal autorizado pelo Tesouro Nacional aos estados permitirá o avanço dos investimentos no país. Ele destacou que o cenário econômico é complicado no mundo por conta da crise internacional, o que tem intimidado a realização de investimentos. Por isso, é nesse momento, afirmou o ministro, que o setor público deve agir para garantir a retomada da economia e dos investimentos, seja por iniciativa do governo federal ou dos estados.

O ministro destacou ainda que o aumento da capacidade de endividamento dos estados não significa uma deterioração das contas públicas. "O Brasil se distingue de vários países do mundo pela sua solidez fiscal. Em função disso, habilitamos o Estado brasileiro para que possa avançar em suas ações e seus investimentos."

Durante sua fala, Mantega também buscou tranquilizar os governadores, que estariam preocupados com a queda na arrecadação do ICMS. "Quero dizer que o segundo semestre será melhor. Com as várias iniciativas que temos tomado, a atividade já começa a reagir e já temos indicadores de melhoria. A indústria parou de cair e já começa a recuperar o nível de atividade", afirmou o ministro.

Dos estados que já tiveram o limite de endividamento aumentado, São Paulo foi o que teve a maior ampliação – são R$ 11,959 bilhões a mais. Bahia e Pernambuco ficaram logo atrás e poderão fazer empréstimos extras de R$ 5,662 bilhões e R$ 3,306 bilhões, respectivamente.

Os outros estados tiveram seu limite de endividamento ampliado nos seguintes valores: Santa Catarina, em R$ 3,679 bilhões; Pernambuco, com R$ 3,306 bilhões; Ceará, R$ 1,726 bilhão; Maranhão, R$ 1,637 bilhão; Sergipe, R$ 1,435 bilhão; Amazonas, R$ 1,409 bilhão; Mato Grosso, R$ 1,201 bilhão; Acre, R$ 1,195 bilhão. Na sequência, vieram Pará, com R$ 986 milhões; Mato Grosso do Sul, R$ 959 milhões; Paraíba, R$ 929 milhões; Alagoas, R$ 710 milhões; Roraima R$ 498 milhões e Rondônia, R$ 311 milhões.

R$ 11,959 bilhões a mais poderão ser adquiridos em empréstimos pelo estado de São Paulo a partir de agora.

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