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| Foto: Vanessa Carvalho/AE

Depois da desunião que marcou o PSDB nas eleições dos últimos anos, parece que desta vez o partido vai unido às urnas. Sinal disso foi a sintonia dos discursos no lançamento da pré-candidatura de Geraldo Alckmin ao governo paulista, no sábado. Mesmo sem citar Dilma Rousseff (PT), quase todos os que discursaram insistiram na ideia de que a ex-ministra é inexperiente para o cargo. Uma das poucas exceções foi justamente Alckmin. Ele preferiu afirmar que tem "orgulho do que cada governo do PSDB fez em São Paulo até agora" e que a "trinca tucana" – Serra na Presidência, ele no estado e Kassab (que é do DEM) na capital – renderá frutos "tanto para São Paulo quanto para o Brasil".

No mesmo dia, o senador Aloizio Mercadante (PT-SP), pré-candidato petista do governo de São Paulo, rebateu críticas feitas por Alckmin ao governo federal, em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo. O tucano afirmou que o Planalto "não deu um centavo para o metrô". O petista respondeu afirmando que, por meio do BNDES, o governo ofereceu R$ 3,9 bilhões em financiamentos ao transporte sobre trilhos de São Paulo. E atacando o transporte público paulista, administrado nos últimos anos por tucanos ou aliados. "O PSDB tem feito o maior congestionamento da história de São Paulo. É um colapso do sistema."

Nanicos crescem na tevê

Os 10 micropartidos que já lançaram pré-candidatos à Presidência vão ocupar 27% da propaganda eleitoral no rádio e na tevê, apesar de sua escassa representatividade política – somados, eles elegeram menos de 2% dos deputados federais em 2006. Graças à profusão de "nanicos", a eleição de 2010 deve ter 13 candidatos – o maior número desde 1989. Seis deles integram partidos que não elegeram um único representante na Câmara dos Deputados: PCB, PRTB, PSDC, PCO, PSTU e PSL. Segundo analistas, o fato de partidos inexpressivos ocuparem quase um terço do horário destinado à propaganda eleitoral evidencia falhas na legislação.

Chapa completa

O ex-governador Roberto Requião indicou ontem, via Twitter, que o PMDB deve lançar uma chapa puro-sangue na disputa pelo governo do Paraná. Como resultado disso, os dois candidatos a senador seriam da própria legenda. "Quatro nomes do PMDB se preparam para a segunda vaga ao Senado: Marcelo Almeida, Rafael Greca, [Luiz Cláudio] Romanelli e Renato Adur. Chapa completa", afirmou Requião. Romanelli, deputado estadual, afirmou que pode aceitar o desafio, "se for a vontade do partido".

Tuma na berlinda

O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ophir Cavalcante, defendeu o afastamento do cargo do secretário nacional de Justiça, Romeu Tuma Júnior, e afirmou que as acusações contra ele são gravíssimas e precisam ser esclarecidas. Gravações telefônicas e e-mails ligam o secretário a um dos chefes da máfia chinesa em São Paulo, Li Kwok Kwen, também conhecido como Paulo Li. A relação de ambos foi mapeada pela PF por seis meses.

Fanfarrão

O cineasta José Padilha pediu para filmar dentro da Câmara dos Deputados cenas do filme Tropa de Elite 2, mas não conseguiu autorização do presidente da Casa, Michel Temer (PMDB-SP). Entre os personagens do longa, estão parlamentares ligados às milícias do Rio de Janeiro. Durante as gravações, insinuou-se que um dos personagens seria baseado no deputado federal Marcelo Itagiba (PSDB-RJ), secretário de Segurança Pública do Rio durante a gestão de Rosinha Matheus, citado no relatório final da CPI das Milícias. O cineasta nega.

Pinga-fogo

"O TSE está testando os limites. Mas é nítido que o julgamento está enviesado pelo tom da oposição e dos pseudoanalistas políticos."

Do deputado federal André Vargas (PT-PR) no Twitter, criticando as multas e sanções impostas pelo Tribunal Superior Eleitoral ao presidente Lula e ao PT.

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