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Pesquisadores da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) acabam de apresentar uma boa alternativa no setor da construção civil, desenvolvendo um material semelhante ao mármore. O novo produto, além de ter a mesma beleza do mármore, é mais resistente e também pode ajudar na preservação ambiental.

O Brasil é um grande produtor e exportador de granito, já as reservas de mármore são mais escassas e se concentram no Espirito Santo, Paraná e Bahia. O Estado de São Paulo já produziu 20% do mármore nacional mas, hoje, é responsável por apenas 2%.

A escassez do material fez com que os pesquisadores da UFSCar desenvolvessem uma tecnologia com a qual é possível criar um material com aparência semelhante ao mármore, só que mais resistente.

Usando um vidro especial, é possível dar às peças uma resistência maior do que a da pedra mantendo a semelhança. A vantagem, segundo os pesquisadores, é que o novo material não corre o risco de se degenerar durante a utilização.

Para chegar ao novo material, os engenheiros da UFSCar adicionaram minerais como o quartzito a composição do vidro, que é fundido a temperaturas muito altas. Depois de moído, ele volta para o forno. O resultado são blocos translúcidos que, depois de polidos, ganham brilho.

O mármore "artificial" pode ser usado como revestimentos de colunas, pisos e paredes. Outra vantagem, segundo o pesquisador Eduardo Bellini, é a facilidade de produção.

- São processos relativamente simples que não destoam do processo de produção de vidros e cerâmicas e que podem ser facilmente implementados em indústrias de média capacidade - disse.

Assim que entrar em produção, o material poderá ser um aliado na preservação ambiental, reduzindo as áreas de mineração.

- Embora esse novo material tenha de ser extraído, ele gera a preservação de materiais mais nobres, como o próprio mármore, e não causa tanto impacto na natureza - afirmou o geólogo Adail Gonçalves.

Os pesquisadores informaram que o custo do produto vai ser menor do que o mármore tradicional, mas o percentual de redução depende das negociações com empresas interessadas em produzir o mármore sintético em larga escala. Ainda há ainda previsão de quando o mármore sintético vai estar no mercado.

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